Os estados mais violentos do Brasil

São Paulo – É fato: quando se contabilizam os homicídios dolosos (aqueles em que há intenção de matar), os latrocínios (roubos seguidos de morte) e agressões que resultaram em óbitos – que formam juntos os chamados crimes letais intencionais – os estados do Nordeste aparecem tristemente à frente no ranking a seguir. Dos sete primeiros lugares, seis são da região.   É o que mostram os dados do 7º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, lançado hoje. Apesar da diminuição de quase 20% no número de mortes intencionais, Alagoas mantém-se como a unidade da federação com os números mais altos. É preciso observar que a comparação parte de números relativos, isto é, considera o tamanho da população para que não haja distorções. Em todo o país, a taxa de crimes letais com intenção por parte de quem os comete cresceu 7,6% entre 2011 e 2012 e alcançou 50.108 casos. Trata-se de um recorde desde que o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) passou a contabilizar os números, em 2008. Nem todos os dados são confiáveis, porém: pelo menos oito estados apresentam informações inconsistentes ou não alimentam o sistema nacional de estatísticas adequadamente. Estes foram sinalizados nas fotos a seguir. Confira os estados com os maiores índices de violência do Brasil.

Nº de mortes (2012): 1.955
Nº de mortes (2011): 2.399
Taxa (2012): 61,8 mortes/100 mil habitantes
Variação da taxa (2011/2012): -19,1% Em Alagoas, 1.955 pessoas foram mortas intencionalmente em 2012 (incluindo homicídios, latrocínios e agressões)

Nº de mortes (2012): 3.491
Nº de mortes (2011): 1.191
Taxa (2012): 44,6 mortes/100 mil habitantes
Variação da taxa (2011/2012): 188,1% No Pará, 3.491 pessoas foram mortas intencionalmente em 2012 (incluindo homicídios, latrocínios e agressões)

Nº de mortes (2012): 3.657
Nº de mortes (2011): 2.762
Taxa (2012): 42,5 mortes/100 mil habitantes
Variação da taxa (2011/2012): 31,2% No Ceará, 3.657 pessoas foram mortas intencionalmente em 2012 (incluindo homicídios, latrocínios e agressões)

Nº de mortes (2012): 5.764
Nº de mortes (2011): 5.787
Taxa (2012): 40,7 mortes/100 mil habitantes
Variação da taxa (2011/2012): -0,9% Na Bahia, 5.764 pessoas foram mortas intencionalmente em 2012 (incluindo homicídios, latrocínios e agressões)

Nº de mortes (2012): 1.501
Nº de mortes (2011): 1.667
Taxa (2012): 39,3 mortes/100 mil habitantes
Variação da taxa (2011/2012): -10,5% Na Paraíba, 1.501 pessoas foram mortas intencionalmente em 2012 (incluindo homicídios, latrocínios e agressões)

Nº de mortes (2012): 1.199
Nº de mortes (2011): 1.068
Taxa (2012): 37,1 mortes/100 mil habitantes
Variação da taxa (2011/2012): 11,2% No Rio Grande do Norte, 1.068 pessoas foram mortas intencionalmente em 2012 (incluindo homicídios, latrocínios e agressões) * Segundo o Anuário, os dados são de alta qualidade, porém o estado não alimenta o Sistema Nacional de Estatísticas em Segurança Pública e Justiça Criminal (SINESPJC) adequadamente

Nº de mortes (2012): 3.229
Nº de mortes (2011): 3.378
Taxa (2012): 36,2 mortes/100 mil habitantes
Variação da taxa (2011/2012): -5,1% Em Pernambuco, 3.229 pessoas foram mortas intencionalmente em 2012 (incluindo homicídios, latrocínios e agressões)

Nº de mortes (2012): 1.032
Nº de mortes (2011): 1.015
Taxa (2012): 33,1 mortes/100 mil habitantes
Variação da taxa (2011/2012): 0,4% No Mato Grosso, 1.032 pessoas foram mortas intencionalmente em 2012 (incluindo homicídios, latrocínios e agressões)

Nº de mortes (2012): 839
Nº de mortes (2011): 761
Taxa (2012): 32,1 mortes/100 mil habitantes
Variação da taxa (2011/2012): 9,9% No Distrito Federal, 839 pessoas foram mortas intencionalmente em 2012 (incluindo homicídios, latrocínios e agressões)

Nº de mortes (2012): 3.323
Nº de mortes (2011): 3.328
Taxa (2012): 31,4 mortes/100 mil habitantes
Variação da taxa (2011/2012): -0,8% No Paraná, 3.323 pessoas foram mortas intencionalmente em 2012 (incluindo homicídios, latrocínios e agressões)

Nº de mortes (2012): 1.076
Nº de mortes (2011): 1.096
Taxa (2012): 30,0 mortes/100 mil habitantes
Variação da taxa (2011/2012): -3,3% No Amazonas, 1.076 pessoas foram mortas intencionalmente em 2012 (incluindo homicídios, latrocínios e agressões)

Nº de mortes (2012): 70
Nº de mortes (2011): 60
Taxa (2012): 14,9 mortes/100 mil habitantes
Variação da taxa (2011/2012): 14,3% Em Roraima, 710 pessoas foram mortas intencionalmente em 2012 (incluindo homicídios, latrocínios e agressões) * Segundo o Anuário, os dados são de baixa qualidade, porém o estado alimenta o Sistema Nacional de Estatísticas em Segurança Pública e Justiça Criminal (SINESPJC) adequadamente

Nº de mortes (2012): 3.970
Nº de mortes (2011): 4.164
Taxa (2012): 24,5 mortes/100 mil habitantes
Variação da taxa (2011/2012): -5,4% No Rio de Janeiro, 3.970 pessoas foram mortas intencionalmente em 2012 (incluindo homicídios, latrocínios e agressões)

Nº de mortes (2012): 184
Nº de mortes (2011): 148
Taxa (2012): 24,2 mortes/100 mil habitantes
Variação da taxa (2011/2012): 22,3% No Acre, 184 pessoas foram mortas intencionalmente em 2012 (incluindo homicídios, latrocínios e agressões) 

Nº de mortes (2012): 517
Nº de mortes (2011): 349
Taxa (2012): 16,4 mortes/100 mil habitantes
Variação da taxa (2011/2012): 47,2% No Piauí, 517 pessoas foram mortas intencionalmente em 2012 (incluindo homicídios, latrocínios e agressões) * Segundo o Anuário, os dados são de baixa qualidade, porém o estado alimenta o Sistema Nacional de Estatísticas em Segurança Pública e Justiça Criminal (SINESPJC) adequadamente

Nº de mortes (2012): 1.614
Nº de mortes (2011): 1.545
Taxa (2012): 24 mortes/100 mil habitantes
Variação da taxa (2011/2012): 3,4% No Maranhão, 1.614 pessoas foram mortas intencionalmente em 2012 (incluindo homicídios, latrocínios e agressões) *Segundo o Anuário, os dados são de baixa qualidade, porém o estado alimenta o Sistema Nacional de Estatísticas em Segurança Pública e Justiça Criminal (SINESPJC) adequadamente

Nº de mortes (2012): 1.340
Nº de mortes (2011): 1.049
Taxa (2012): 21,8 mortes/100 mil habitantes
Variação da taxa (2011/2012): 26,2% Em Goiás, 1.340 pessoas foram mortas intencionalmente em 2012 (incluindo homicídios, latrocínios e agressões)

Nº de mortes (2012): 308
Nº de mortes (2011): 277
Taxa (2012): 21,7 mortes/100 mil habitantes
Variação da taxa (2011/2012): 9,9% No Tocantins, 308 pessoas foram mortas intencionalmente em 2012 (incluindo homicídios, latrocínios e agressões) * Segundo o Anuário, os dados são de baixa qualidade, porém o estado alimenta o Sistema Nacional de Estatísticas em Segurança Pública e Justiça Criminal (SINESPJC) adequadamente

Nº de mortes (2012): 4.125
Nº de mortes (2011): 3.780
Taxa (2012): 20,8 mortes/100 mil habitantes
Variação da taxa (2011/2012): 8,4% Em Minas Gerais, 4.125 pessoas foram mortas intencionalmente em 2012 (incluindo homicídios, latrocínios e agressões)

Nº de mortes (2012): 2.133
Nº de mortes (2011): 1.880
Taxa (2012): 19,8 mortes/100 mil habitantes
Variação da taxa (2011/2012): 13,1% No Rio Grande do Sul, 2.133 pessoas foram mortas intencionalmente em 2012 (incluindo homicídios, latrocínios e agressões)

Nº de mortes (2012): 845
Nº de mortes (2011): 708
Taxa (2012): 40,0 mortes/100 mil habitantes
Variação da taxa (2011/2012): 18,2% Em Sergipe, 845 pessoas foram mortas intencionalmente em 2012 (incluindo homicídios, latrocínios e agressões)

Nº de mortes (2012): 404
Nº de mortes (2011): 459
Taxa (2012): 16,1 mortes/100 mil habitantes
Variação da taxa (2011/2012): -13% No Mato Grosso do Sul, 404 pessoas foram mortas intencionalmente em 2012 (incluindo homicídios, latrocínios e agressões)

Nº de mortes (2012): 5.180
Nº de mortes (2011): 4.509
Taxa (2012): 12,4 mortes/100 mil habitantes
Variação da taxa (2011/2012): 14% Em São Paulo, 5.180 pessoas foram mortas intencionalmente em 2012 (incluindo homicídios, latrocínios e agressões)

Nº de mortes (2012): 73
Nº de mortes (2011): 23
Taxa (2012): 10,4 mortes/100 mil habitantes
Variação da taxa (2011/2012): 210,9% No Amapá, 73 pessoas foram mortas intencionalmente em 2012 (incluindo homicídios, latrocínios e agressões) * Segundo o Anuário, os dados são de baixa qualidade e o estado não alimenta o Sistema Nacional de Estatísticas em Segurança Pública e Justiça Criminal (SINESPJC) adequadamente