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Caminhoneiros bloqueiam rodovias em quatro estados

Os transportadores pedem redução no preço do óleo diesel, uma tabela de preços mínimos para o frete e a saída da Dilma Rousseff


	Caminhoneiros em paralisação: os transportadores pedem redução no preço do óleo diesel, uma tabela de preços mínimos para o frete e a saída da Dilma Rousseff
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Caminhoneiros em paralisação: os transportadores pedem redução no preço do óleo diesel, uma tabela de preços mínimos para o frete e a saída da Dilma Rousseff (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2015 às 09h32.

Sorocaba - O protesto dos caminhoneiros liderado pelo Comando Nacional do Transporte já bloqueou rodovias em quatro Estados, entre a madrugada e a manhã desta segunda-feira, 9, segundo a Polícia Rodoviária Federal.

Os transportadores pedem redução no preço do óleo diesel, uma tabela de preços mínimos para o frete e a saída da presidente da República, Dilma Rousseff, do poder.

Houve bloqueios parciais na BR-381, em Minas Gerais, próximo do município de João Monlevale, e na BR-262, em Igaratinga; em Santa Catarina, na BR-280, em São Bento do Sul, e na BR-282, em Campos Novos; no Rio Grande do Sul, na BR-448, em Porto Alegre, mas a PRF informou que o trânsito já foi total ou parcialmente liberado. Neste momento, os manifestantes também bloqueiam a BR-376, em Califórnia, no Paraná.

Por volta das 6 horas, os caminhoneiros também realizaram uma manifestação na Rodovia dos Bandeirantes, em São Paulo, o que provocou filas de nove quilômetros na via nesse horário.

No fim de semana, a categoria já tinha realizado manifestações em cidades como Apucarana e Ibiporã, no Paraná, um dos Estados onde é esperada a maior adesão.

Quase toda a movimentação vem sendo organizada via aplicativos de celular e pelas redes sociais, mas não conta com a adesão de boa parte das entidades nacionais que representam o setor.

Um dos líderes da categoria e organizador da paralisação, Ivar Schmidt afirma que a luta é pela renúncia da presidente Dilma Rousseff. Ele está à frente do "Comando Nacional do Transporte" e garante que os caminhoneiros, agora, somente vão negociar "com o próximo governante".

A greve ganhou o apoio de grupos como Movimento Brasil Livre e Vem pra Rua. Os líderes do movimento garantem já ter grande apoio também de caminhoneiros de São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. A expectativa é atingir pelo menos 70% do País inicialmente.

Contra

Várias entidades que representam o setor se manifestaram contra esse movimento e veem interesses políticos por trás dessa paralisação.

Para o Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de Bens no Estado do Pará (Sindicam-PA), a greve é organizada "por pessoas que não fazem parte da categoria e estão aproveitando o momento de dificuldade que o País passa".

Já a Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas em Geral do Estado de São Paulo (Fetrabens) diz que "os problemas que afetam a categoria são muitos e que, para resolvê-los, é preciso coesão e sabedoria".

Entidades de Goiás e Tocantins também assinaram, juntos, um documento contra a greve.

Principal alvo dos sindicatos, Ivar Schmidt tem 44 anos, mora em Mossoró (RN) e nega qualquer vínculo partidário. Caminhoneiro, ele começou a se destacar há um ano e, em 2015, criou o "Comando Nacional do Transporte".

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