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Movimentos sociais protestam na Paulista contra PEC do teto

A PEC 241 foi aprovada em segundo turno pela Câmara dos Deputados na noite desta terça-feira por 359 votos a favor, 116 contrários e duas abstenções

Protestos: "Para a PEC eu digo não, eu quero investimento em saúde e educação", gritavam os manifestantes (Nacho Doce/Reuters)

Protestos: "Para a PEC eu digo não, eu quero investimento em saúde e educação", gritavam os manifestantes (Nacho Doce/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 25 de outubro de 2016 às 22h21.

Manifestantes contrários à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que limita os gastos públicos, protestaram hoje (25) em São Paulo em um ato que reuniu movimentos sociais, sindicatos e coletivos ligados à Frente Povo Sem Medo e à Frente Brasil Popular.

Eles partiram do vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e seguiram em passeata até o escritório da Presidência da República, também na Avenida Paulista.

A PEC 241 foi aprovada em segundo turno pela Câmara dos Deputados na noite desta terça-feira por 359 votos a favor, 116 contrários e duas abstenções. O texto também precisa ser votado em dois turnos no Senado.

O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Josué Rocha, criticou a PEC e disse que não houve debate suficiente com a sociedade antes do envio da proposta ao Congresso Nacional.

"Queremos ampliar o diálogo com a população e esclarecer, de fato, o que representa essa PEC. O [presidente da República] Temer, ao fazer essa aprovação a toque de caixa, quer pegar de surpresa a população. Como não é um projeto que traz um impacto imediato para a vida de todos, demora um tempo para que a gente consiga de fato fazer a discussão na sociedade e ampliar as mobilizações", disse o ativista.

"A PEC representa um grande retrocesso e é claro que, assim que a população perceber isso, vai sair às ruas, e a gente ainda tem chance de barrar", acrescentou.

Também participaram do ato na Paulista a Central dos Movimentos Populares (CMP), a União Juventude Socialista, o Coletivo Rua, a Unificação das Lutas de Cortiços e Moradia, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Arquibancada Ampla Geral e Irrestrita (Agir), entre outras entidades.

Durante o protesto, os manifestantes gritaram palavras de ordem como "Fora Temer", "Trabalhador, preste atenção, são 20 anos sem saúde e educação",

"Para a PEC eu digo não, eu quero investimento em saúde e educação".

O grupo ocupou aproximadamente um quarteirão da Avenida Paulista e caminhou sobre quatro das oito faixas da via.

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