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Moradores da Maré denunciam abusos em abordagens policiais

Os moradores relataram que nem todos os PMs estão usando identificação nos uniformes

Policiais em operação no Complexo da Maré: maior parte das denúncias envolve militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) (Ricardo Moraes/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2014 às 19h43.

Rio de Janeiro - Moradores do Complexo da Maré denunciaram abusos da Polícia Militar (PM) durante as abordagens da operação que antecede a ocupação da comunidade pelo Exército .

A maior parte das denúncias envolve militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope), que estão na Maré desde a última sexta-feira (21). Os moradores também relataram que nem todos os PMs estão usando identificação nos uniformes, o que foi constatado pela reportagem da Agência Brasil, na tarde de hoje (26).

“Eles estão esquecendo que somos trabalhadores. Levaram uma televisão de 32 polegadas de uma senhora. Estragaram a fechadura da minha porta. Eu sou trabalhador. Estou revoltado por causa disso. Foi hoje, entre as 9h e as 10h", contou um morador que se identificou como João e disse trabalhar como pedreiro. “Eles estão entrando porta adentro. Não tem diálogo”, completou outro morador, que não informou o nome

“Estão entrando na casa dos moradores, estourando vidro de carro. Se damos bom dia, eles saem xingando. É muito abuso. A gente quer é políticas públicas aqui dentro. Que melhorem os serviços”, desabafou a presidenta de uma associação de moradores que se identificou como Andrea.

Um adolescente denunciou que policiais entraram na casa dele, arrombando a porta. “Minha mãe estava dormindo. Quebraram móveis e mexeram na geladeira”, contou ele, enquanto observava a movimentação de homens do Bope que estavam fazendo escolta para militares do Exército em operação de busca de armas e drogas no complexo.

Procurada para se posicionar sobre as denúncias, a PM se pronunciou por nota. “O comando do Bope não tem conhecimento dessa denúncia".

Segundo a corporação, eventuais problemas de conduta dos policiais podem ser informados, por telefone, à Corregedoria da Polícia Militar (21 2332-2341) ou à ouvidoria (21 3399-1199) ou ainda pelo e-mail ouvidoriadapolicia@proderj.rj.gov.br.

Sobre a denúncia dos moradores de que parte dos policiais não usa o nome na farda, a assessoria da PM informou: “Todos os coletes utilizados pela tropa possuem uma numeração em local visível. Essa é mais uma forma de identificar o policial em serviço”.

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“Eles estão esquecendo que somos trabalhadores. Levaram uma televisão de 32 polegadas de uma senhora. Estragaram a fechadura da minha porta. Eu sou trabalhador. Estou revoltado por causa disso. Foi hoje, entre as 9h e as 10h", contou um morador que se identificou como João e disse trabalhar como pedreiro. “Eles estão entrando porta adentro. Não tem diálogo”, completou outro morador, que não informou o nome

“Estão entrando na casa dos moradores, estourando vidro de carro. Se damos bom dia, eles saem xingando. É muito abuso. A gente quer é políticas públicas aqui dentro. Que melhorem os serviços”, desabafou a presidenta de uma associação de moradores que se identificou como Andrea.

Um adolescente denunciou que policiais entraram na casa dele, arrombando a porta. “Minha mãe estava dormindo. Quebraram móveis e mexeram na geladeira”, contou ele, enquanto observava a movimentação de homens do Bope que estavam fazendo escolta para militares do Exército em operação de busca de armas e drogas no complexo.

Procurada para se posicionar sobre as denúncias, a PM se pronunciou por nota. “O comando do Bope não tem conhecimento dessa denúncia".

Segundo a corporação, eventuais problemas de conduta dos policiais podem ser informados, por telefone, à Corregedoria da Polícia Militar (21 2332-2341) ou à ouvidoria (21 3399-1199) ou ainda pelo e-mail ouvidoriadapolicia@proderj.rj.gov.br.

Sobre a denúncia dos moradores de que parte dos policiais não usa o nome na farda, a assessoria da PM informou: “Todos os coletes utilizados pela tropa possuem uma numeração em local visível. Essa é mais uma forma de identificar o policial em serviço”.

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