Ministério investiga caso atípico de vaca louca em MT
Ministério da Agricultura afirmou que os produtos derivados desse bovino não ingressaram na cadeia de alimentação humana ou animal
Da Redação
Publicado em 24 de abril de 2014 às 16h58.
São Paulo - O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento acionou o sistema de defesa animal para averiguar um provável caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como doença da vaca louca, em Mato Grosso, maior produtor de gado do Brasil.
"As investigações de campo indicam tratar-se de uma única suspeita de caso atípico de EEB, já que o animal foi criado exclusivamente em sistema extensivo (a pasto e sal mineral) e foi abatido em idade avançada, com cerca de 12 anos de idade", informou o ministério em nota nesta quinta-feira.
Segundo o comunicado, estas características indicam um caso atípico de EEB, que ocorre de forma esporádica e espontânea, não relacionada à ingestão de alimentos contaminados, considerado um caso tradicional.
O ministério afirmou que os produtos derivados desse bovino não ingressaram na cadeia de alimentação humana ou animal e o material de risco foi incinerado.
"Por precaução, todos os animais contemporâneos ao caso provável foram identificados individualmente e interditados", acrescentou em nota.
O ministério informou que o bovino analisado foi enviado para abate no dia 19 de março de 2014, por ter problemas reprodutivos ocasionados pela idade avançada. Ele não tinha sintomas de distúrbios neurológicos.
O comunicado explicou que, durante a inspeção "ante mortem", o fiscal federal agropecuário responsável pela fiscalização no frigorífico encontrou um animal caído. Com esse quadro, o animal não foi considerado apto ao abate de rotina, sendo direcionado ao abate de emergência e submetido à colheita de amostras para o teste de EEB.
"O resultado final dos exames realizados em laboratório nacional agropecuário detectou a marcação priônica", informou.
Conforme os protocolos brasileiros, o governo deu início à investigação epidemiológica a campo e providências para o envio da amostra ao laboratório de referência internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Weybridge, na Inglaterra, para confirmação da suspeita.
O ministério ressaltou que o sistema de defesa sanitária animal brasileiro relacionado à EEB está consolidado há décadas, permitindo que o país seja classificado como de risco insignificante para a doença perante a OIE.
"Essa classificação é a melhor que existe no mundo. Todas as informações sobre o caso já foram repassadas pessoalmente por representantes do Mapa à OIE." A notificação oficial e novas informações sobre o caso serão repassadas quando sair o resultado final da avaliação do laboratório da OIE, na próxima semana.
No final de 2012, o Brasil informou que um animal morto no Paraná tinha o agente reagente à EEB, mas o animal morreu por outras causas, não sendo vítima da doença. O caso foi classificado como "atípico".
O teste realizado no animal no Paraná acusou um resultado positivo para o agente causador da doença, uma proteína chamada príon, que pode ocorrer espontaneamente em bovinos mais velhos.
Embora o caso tenha sido considerado atípico, na época cerca de 10 importadores, como a Coreia do Sul, Japão, Egito, China e Arábia Saudita, embargaram parcialmente ou totalmente as compras de carne bovina do Brasil alegando preocupações com a doença.
A OIE confirmou em maio do ano passado que o status sanitário do Brasil em relação à doença como "risco insignificante".
No caso mais recente, o ministério não relatou problemas relacionados a eventuais novos embargos.
São Paulo - O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento acionou o sistema de defesa animal para averiguar um provável caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como doença da vaca louca, em Mato Grosso, maior produtor de gado do Brasil.
"As investigações de campo indicam tratar-se de uma única suspeita de caso atípico de EEB, já que o animal foi criado exclusivamente em sistema extensivo (a pasto e sal mineral) e foi abatido em idade avançada, com cerca de 12 anos de idade", informou o ministério em nota nesta quinta-feira.
Segundo o comunicado, estas características indicam um caso atípico de EEB, que ocorre de forma esporádica e espontânea, não relacionada à ingestão de alimentos contaminados, considerado um caso tradicional.
O ministério afirmou que os produtos derivados desse bovino não ingressaram na cadeia de alimentação humana ou animal e o material de risco foi incinerado.
"Por precaução, todos os animais contemporâneos ao caso provável foram identificados individualmente e interditados", acrescentou em nota.
O ministério informou que o bovino analisado foi enviado para abate no dia 19 de março de 2014, por ter problemas reprodutivos ocasionados pela idade avançada. Ele não tinha sintomas de distúrbios neurológicos.
O comunicado explicou que, durante a inspeção "ante mortem", o fiscal federal agropecuário responsável pela fiscalização no frigorífico encontrou um animal caído. Com esse quadro, o animal não foi considerado apto ao abate de rotina, sendo direcionado ao abate de emergência e submetido à colheita de amostras para o teste de EEB.
"O resultado final dos exames realizados em laboratório nacional agropecuário detectou a marcação priônica", informou.
Conforme os protocolos brasileiros, o governo deu início à investigação epidemiológica a campo e providências para o envio da amostra ao laboratório de referência internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Weybridge, na Inglaterra, para confirmação da suspeita.
O ministério ressaltou que o sistema de defesa sanitária animal brasileiro relacionado à EEB está consolidado há décadas, permitindo que o país seja classificado como de risco insignificante para a doença perante a OIE.
"Essa classificação é a melhor que existe no mundo. Todas as informações sobre o caso já foram repassadas pessoalmente por representantes do Mapa à OIE." A notificação oficial e novas informações sobre o caso serão repassadas quando sair o resultado final da avaliação do laboratório da OIE, na próxima semana.
No final de 2012, o Brasil informou que um animal morto no Paraná tinha o agente reagente à EEB, mas o animal morreu por outras causas, não sendo vítima da doença. O caso foi classificado como "atípico".
O teste realizado no animal no Paraná acusou um resultado positivo para o agente causador da doença, uma proteína chamada príon, que pode ocorrer espontaneamente em bovinos mais velhos.
Embora o caso tenha sido considerado atípico, na época cerca de 10 importadores, como a Coreia do Sul, Japão, Egito, China e Arábia Saudita, embargaram parcialmente ou totalmente as compras de carne bovina do Brasil alegando preocupações com a doença.
A OIE confirmou em maio do ano passado que o status sanitário do Brasil em relação à doença como "risco insignificante".
No caso mais recente, o ministério não relatou problemas relacionados a eventuais novos embargos.