Marina Silva: a candidata também voltou a criticar a condução da política econômica do atual governo (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 11 de setembro de 2014 às 11h38.
São Paulo - A presidenciável Marina Silva (PSB) negou que esteja escondendo do eleitor "más notícias" para a economia, previstas para 2015. Segundo Marina, é possível fazer as correções necessárias, preservando um cenário positivo. Ela disse que pretende diminuir a inflação e convergir para uma meta de inflação mais baixa até 2018, sem necessariamente subir juros.
"Hoje estamos dando a boa notícia de que é possível fazer as duas coisas", afirmou. Genericamente, afirmou que é possível recuperar credibilidade no ambiente econômico e promover uma correção de rumo.
Marina voltou a defender que os recursos necessários para suas principais propostas para saúde, segurança e educação serão equacionados a partir de um olhar de "prioridade".
Questionada sobre o equilíbrio das contas pela jornalista Miriam Leitão, durante sabatina do jornal O Globo, Marina defendeu que os gastos nessas áreas estratégicas são, na verdade, investimentos.
"Gastos com saúde são uma forma de melhorar a vida das pessoas para que possam trabalhar mais e melhor", disse em relação a gerar ganhos de produtividade. Com relação à educação, disse que o investimento responderá ao "apagão" de mão de obra e, sobre segurança, lembrou que a violência também afasta investimentos.
A candidata também voltou a criticar a condução da política econômica do atual governo, da presidente Dilma Rousseff (PT). Disse que o Brasil não fez o "dever de casa" para sair adequadamente do ciclo de recessão da economia global.
"O Brasil disse que era apenas uma 'marolinha' (a crise internacional) e agora está sendo engolido pelo tsunami."
E voltou a falar que veio tarde o anúncio da presidente de trocar o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "A presidente Dilma sabe que a pior notícia é dizer que vai persistir no mesmo erro, por isso demitiu o ministro da Fazenda."