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Da Redação
Publicado em 28 de agosto de 2013 às 21h11.
Rio de Janeiro – Grupo do Movimento de Moradia fez hoje (28) um ato em frente à sede da prefeitura, no centro da cidade, contra as remoções de famílias pobres e a transferência delas para bairros distantes por meio do programa Minha Casa, Minha Vida.
O protesto ocorreu enquanto o Conselho Gestor do Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social se reunia na prefeitura.
Mais cedo, 100 militantes ocuparam o prédio do Instituto Nacional de Seguro Nacional (INSS), na Praça Mauá, na zona portuária, onde em 2009 houve o despejo de famílias do movimento Ocupação Zumbi dos Palmares. O manifestantes cobraram a destinação de imóveis públicos para habitação popular. Os dois atos de hoje fazem parte da Jornada Nacional pela Reforma Urbana, que ocorre em diversos estados.
Segundo a coordenadora do Movimento Nacional de Luta pela Moradia, Maria de Lurdes Lopes Fonseca, 60 mil famílias já foram despejadas, e até 2014 calcula-se que mais 30 mil serão deslocadas. "A remoção não pode ser uma regra, e sim uma exceção. Se há interesse público na retirada dessas famílias, pelo menos tenham o respeito de irem até os moradores e convencê-los de sair”, disse.
"Eles [conselho gestor] só se reúnem quando precisam homologar alguma coisa do interesse deles. A reunião deveria ser um espaço democrático de deliberação e gestão de política municipal de habitação de interesse social”, acrescentou.
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Habitação informou que as reuniões do Conselho Gestor do Fundo Municipal de Habitação ocorrem mensalmente, "onde são discutidos os temas inerentes à sua área de atuação". Segundo a nota, em relação à qualidade doe imóveis do Minha Casa, Minha Vida, "todos os empreendimentos receberam o 'aceite', emitido pelo corpo técnico da Caixa Econômica Federal".