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Família de Jean Charles perde disputa de mais de 10 anos

Derrota no Tribunal Europeu de Direitos Humanos encerrou batalha judicial que se arrastava por mais de 10 anos


	Santuário em homenagem a Jean, em Londres: tribunal europeu afimou que não havia "provas suficientes contra qualquer oficial individualmente para processá-lo".
 (Wikimedia Commons)

Santuário em homenagem a Jean, em Londres: tribunal europeu afimou que não havia "provas suficientes contra qualquer oficial individualmente para processá-lo". (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2016 às 11h37.

Londres - O Tribunal Europeu de Direitos Humanos reafirmou a decisão da Justiça do Reino Unido de não processar os policiais que mataram o eletricista Jean Charles de Menezes em julho de 2005, em uma estação de metrô na capital britânica.

A decisão da instância europeia representa uma derrota para a família do brasileiro e põe fim a uma disputa com as autoridades que já dura mais de uma década.

O Tribunal Europeu em Estrasburgo argumenta que "não havia provas suficientes contra qualquer oficial individualmente para processá-lo".

Após sofrer derrota na Justiça britânica, a família de Jean Charles levou caso à Corte Europeia com o argumento de que a decisão dos ingleses era incompatível com o artigo 2 da Convenção Europeia de Direitos Humanos.

No dia 22 de julho de 2005, duas semanas após atentados terroristas terem matado mais de 50 pessoas na capital britânica, o brasileiro foi morto a tiros na estação de metrô Stockwell no sul de Londres.

Menezes morava em Tulse Hill, no sul de Londres, mesmo bairro onde viviam dois suspeitos dos ataques terroristas ocorridos no dia 7 de julho daquele ano.

Antes de ser morto, o eletricista foi seguido por policiais da residência até a estação de metrô, no caminho para o trabalho.

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