Ex-presidente vale tanto quanto um vaso chinês, diz Lula a Moro
Em depoimento, o ex-presidente se queixou da fragilidade que cerca quem um dia ocupou a cadeira do poder, como ele próprio em oito anos
Estadão Conteúdo
Publicado em 12 de maio de 2017 às 09h12.
Última atualização em 12 de maio de 2017 às 14h27.
São Paulo - No longo interrogatório a que foi submetido pelo juiz federal Sérgio Moro, na quarta-feira, dia 10, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - réu em ação penal por corrupção e lavagem de dinheiro no caso tríplex -, fez palanque eleitoral em alguns momentos, como se em campanha estivesse, e também se queixou da fragilidade que cerca quem um dia ocupou a cadeira do poder, como ele próprio em oito anos (2003/2010).
"O ex-presidente vale tanto quanto um vaso chinês", disse Lula ao se queixar ao juiz da Lava Jato que não foi convidado nem para a inauguração da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, nem para a Copa do Mundo 2014 e nem para a abertura das Olimpíadas 2016.
"O vaso é um vaso bonito que você ganha quando é presidente", disse. "Quando você deixa a Presidência, você não tem onde colocá-lo. Você não sabe onde colocar o vaso chinês", afirmou Lula.