Ex-ministro Gilberto Carvalho nega envolvimento com lobistas
Carvalho disse que a Polícia Federal se baseou em interpretações equivocadas de documentos apreendidos para conduzir seu depoimento
Da Redação
Publicado em 27 de outubro de 2015 às 08h16.
Brasília - O ex-ministro Gilberto Carvalho nega ter agido em "conluio" com os suspeitos de "comprarem" a MP 471. À reportagem, Carvalho disse que a Polícia Federal se baseou em interpretações equivocadas de documentos apreendidos para conduzir seu depoimento.
Para exemplificar os equívocos da PF, Carvalho citou o caso de duas bonecas dadas de presente às suas filhas pelo lobista Mauro Marcondes Machado, preso nesta segunda-feira, 26.
"Em 2009 adotei duas meninas. Ele (Marcondes) trouxe duas bonecas de presente, pequenas, de plástico. A delegada mostrou uma anotação em que ele dizia 'não esquecer de levar duas bonecas para o Gilberto'. A PF interpretou como se boneca fosse código entre bandidos", disse Carvalho. "Ainda bem que guardei as bonecas. Se a defesa quiser posso mostrar."
Outro suposto equívoco é quanto a uma referência ao nome do ex-ministro na agenda do também lobista Alexandre Paes dos Santos. A caderneta aponta um "café" com Carvalho no dia 16 de novembro de 2009, mas naquela data o ex-ministro estava na Itália, em viagem oficial.
Carvalho confirmou ter recebido Marcondes no gabinete da presidência durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva . "Ele e o Lula eram amigos desde o movimento sindical (quando Marcondes era diretor da Volkswagen)".
Proximidade
O ex-ministro, no entanto, negou ter presenciado ou participado de qualquer negociata e levantou a suspeita de que o lobista possa ter usado a proximidade com Lula para tirar vantagem pessoal. "A malandragem é deles (lobistas) que, na hora de vender para as empresas podem falar que precisaram pagar (propinas). Quando você recebe as pessoas, não sabe o que elas vão fazer com aquilo."
Segundo ele, a PF não o questionou sobre Luiz Cláudio Lula da Silva, filho de Lula, que recebeu R$ 2,4 milhões da Marcondes & Mautoni, pertencente ao lobista. "Estou muito sereno. Deixei o governo com o mesmo patrimônio que tinha quando entrei", disse Carvalho.
Brasília - O ex-ministro Gilberto Carvalho nega ter agido em "conluio" com os suspeitos de "comprarem" a MP 471. À reportagem, Carvalho disse que a Polícia Federal se baseou em interpretações equivocadas de documentos apreendidos para conduzir seu depoimento.
Para exemplificar os equívocos da PF, Carvalho citou o caso de duas bonecas dadas de presente às suas filhas pelo lobista Mauro Marcondes Machado, preso nesta segunda-feira, 26.
"Em 2009 adotei duas meninas. Ele (Marcondes) trouxe duas bonecas de presente, pequenas, de plástico. A delegada mostrou uma anotação em que ele dizia 'não esquecer de levar duas bonecas para o Gilberto'. A PF interpretou como se boneca fosse código entre bandidos", disse Carvalho. "Ainda bem que guardei as bonecas. Se a defesa quiser posso mostrar."
Outro suposto equívoco é quanto a uma referência ao nome do ex-ministro na agenda do também lobista Alexandre Paes dos Santos. A caderneta aponta um "café" com Carvalho no dia 16 de novembro de 2009, mas naquela data o ex-ministro estava na Itália, em viagem oficial.
Carvalho confirmou ter recebido Marcondes no gabinete da presidência durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva . "Ele e o Lula eram amigos desde o movimento sindical (quando Marcondes era diretor da Volkswagen)".
Proximidade
O ex-ministro, no entanto, negou ter presenciado ou participado de qualquer negociata e levantou a suspeita de que o lobista possa ter usado a proximidade com Lula para tirar vantagem pessoal. "A malandragem é deles (lobistas) que, na hora de vender para as empresas podem falar que precisaram pagar (propinas). Quando você recebe as pessoas, não sabe o que elas vão fazer com aquilo."
Segundo ele, a PF não o questionou sobre Luiz Cláudio Lula da Silva, filho de Lula, que recebeu R$ 2,4 milhões da Marcondes & Mautoni, pertencente ao lobista. "Estou muito sereno. Deixei o governo com o mesmo patrimônio que tinha quando entrei", disse Carvalho.