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Estudantes ocupam Uerj contra cortes de bolsas e salários

Com faixas e palavras de ordem, estudantes se recusam a ter aula enquanto a situação não for regularizada

Alunos da Uerj ocupam o campus da universidade no Maracanã (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2015 às 18h57.

Rio de Janeiro - Centenas de estudantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) reuniram-se hoje (1) no campus da instituição no Maracanã, para protestar contra o atraso no pagamento de bolsas de cerca de 7 mil alunos e dos salários dos funcionários terceirizados.

Com faixas e palavras de ordem, eles se recusam a ter aula enquanto a situação não for regularizada. O pagamento está atrasado devido a problemas financeiros da universidade.

O espaço começou a ser ocupado ontem à noite por estudantes. A volta às aulas estava prevista para esta terça-feira, mas de manhã estudantes impediram a entrada de colegas e de professores.

O reitor da Uerj, Ricardo Vieiralves, anunciou na semana passada a paralisação das aulas por motivos de insalubridade.

Para Caio de Souza Barbosa, aluno do 8º ano do curso de história que recebe bolsa de monitoria, a crise financeira do governo estadual não justifica todos os calotes.

“O estado subsidia muitas iniciativas privadas. Por exemplo, a SuperVia [empresa responsável pelos trens urbanos] vai ganhar R$39 milhões de subsídio do governo, e percebemos que a prioridade não é a educação pública e a coisa pública. [O governador Luiz Fernando] Pezão tem de onde tirar, mas não quer”, afirmou Barbosa.

A proposta de subsídio foi apresentada a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e pode ser votada na semana que vem. O governo argumenta que o subsídio evitará aumento do preço da passagem, que atualmente é R$ 3,30.

Além do atraso, os estudantes reclamaram que o valor da bolsa para cotista, de cerca de R$ 400, não tem reajuste há seis anos. A bolsa tem a finalidade de ajudar bolsistas e cotistas a pagar transporte, comida e fotocópias de material acadêmico.

Funcionários da universidade e da empresa de limpeza que presta serviço à Uerj também sofrem com atrasos de pagamento há meses. Hoje eles receberam o salário referente a outubro apenas.

O governador Luiz Fernando Pezão culpou hoje (1) a baixa arrecadação de impostos e a interrupção dos repasses federais pelos atrasos de pagamentos do estado.

Ele disse que garantir o pagamento em dia será uma luta diária.

“O estado passa por um momento muito difícil, assim como todo o país. Para terem uma ideia, não recebi ainda uma parcela do Arco Metropolitano que já entregamos em junho de 2014”, disse o governador nesta manhã em evento público no Rio.

Para a também estudante de história Maíra Marinho, que está na manifestação desde ontem, o problema dos terceirizados é ainda mais antigo, fruto de um modelo de precarização do trabalho.

“É um problema crônico, que é o de privatizar os serviços que deveriam ser públicos e estatais. As pessoas acabam trabalhando de graça, sempre com salários atrasados, e é uma situação muito complicada e estrutural aqui na universidade e no Brasil.”

Hoje, às 17h, haverá assembleia no Campus Maracanã para definir os rumos do movimento estudantil da instituição.

Fundada em 4 de dezembro de 1950, a universidade tem mais de 28 mil matriculados em seus cursos. Além do Campus do Maracanã, a instituição oferece cursos no em seis campi espalhados pelo estado.

O reitor informou, na página oficial da Uerj, que a manifestação pacífica dos estudantes é legítima e motivada.

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Rio de Janeiro - Centenas de estudantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) reuniram-se hoje (1) no campus da instituição no Maracanã, para protestar contra o atraso no pagamento de bolsas de cerca de 7 mil alunos e dos salários dos funcionários terceirizados.

Com faixas e palavras de ordem, eles se recusam a ter aula enquanto a situação não for regularizada. O pagamento está atrasado devido a problemas financeiros da universidade.

O espaço começou a ser ocupado ontem à noite por estudantes. A volta às aulas estava prevista para esta terça-feira, mas de manhã estudantes impediram a entrada de colegas e de professores.

O reitor da Uerj, Ricardo Vieiralves, anunciou na semana passada a paralisação das aulas por motivos de insalubridade.

Para Caio de Souza Barbosa, aluno do 8º ano do curso de história que recebe bolsa de monitoria, a crise financeira do governo estadual não justifica todos os calotes.

“O estado subsidia muitas iniciativas privadas. Por exemplo, a SuperVia [empresa responsável pelos trens urbanos] vai ganhar R$39 milhões de subsídio do governo, e percebemos que a prioridade não é a educação pública e a coisa pública. [O governador Luiz Fernando] Pezão tem de onde tirar, mas não quer”, afirmou Barbosa.

A proposta de subsídio foi apresentada a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e pode ser votada na semana que vem. O governo argumenta que o subsídio evitará aumento do preço da passagem, que atualmente é R$ 3,30.

Além do atraso, os estudantes reclamaram que o valor da bolsa para cotista, de cerca de R$ 400, não tem reajuste há seis anos. A bolsa tem a finalidade de ajudar bolsistas e cotistas a pagar transporte, comida e fotocópias de material acadêmico.

Funcionários da universidade e da empresa de limpeza que presta serviço à Uerj também sofrem com atrasos de pagamento há meses. Hoje eles receberam o salário referente a outubro apenas.

O governador Luiz Fernando Pezão culpou hoje (1) a baixa arrecadação de impostos e a interrupção dos repasses federais pelos atrasos de pagamentos do estado.

Ele disse que garantir o pagamento em dia será uma luta diária.

“O estado passa por um momento muito difícil, assim como todo o país. Para terem uma ideia, não recebi ainda uma parcela do Arco Metropolitano que já entregamos em junho de 2014”, disse o governador nesta manhã em evento público no Rio.

Para a também estudante de história Maíra Marinho, que está na manifestação desde ontem, o problema dos terceirizados é ainda mais antigo, fruto de um modelo de precarização do trabalho.

“É um problema crônico, que é o de privatizar os serviços que deveriam ser públicos e estatais. As pessoas acabam trabalhando de graça, sempre com salários atrasados, e é uma situação muito complicada e estrutural aqui na universidade e no Brasil.”

Hoje, às 17h, haverá assembleia no Campus Maracanã para definir os rumos do movimento estudantil da instituição.

Fundada em 4 de dezembro de 1950, a universidade tem mais de 28 mil matriculados em seus cursos. Além do Campus do Maracanã, a instituição oferece cursos no em seis campi espalhados pelo estado.

O reitor informou, na página oficial da Uerj, que a manifestação pacífica dos estudantes é legítima e motivada.

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