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Entidades rechaçam violência contra jornalistas em atos a favor de Lula

Abert, Aner e ANJ ressaltaram que não há justificativa para a violência nem para atentados à liberdade de imprensa

Protestos: manifestantes a favor de Lula ocupam as ruas desde quinta-feira (5), após divulgação da ordem de prisão do ex-presidente (Paulo Whitaker/Reuters)
AB

Agência Brasil

Publicado em 6 de abril de 2018 às 18h51.

Última atualização em 6 de abril de 2018 às 18h51.

As agressões a jornalistas registradas nas últimas horas durante a cobertura de protestos em São Paulo e Brasília geraram reações de entidades de imprensa . Em nota conjunta, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) e Associação Nacional dos Jornais (ANJ) ressaltam que não há justificativa para a violência nem para atentados à liberdade de imprensa.

Em outra nota, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiou os atos de agressão. "A Fenaj reitera que agressões a jornalistas são injustificáveis. Também reafirma sua defesa das liberdades de expressão e de imprensa e do jornalismo como atividade essencial à democracia e à constituição da cidadania. Não há verdadeira democracia sem jornalismo e não há jornalismo sem jornalistas."

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O tom da nota conjunta da Abert, Aner e ANJ é semelhante ao da Fenaj: "Toda essa violência injustificável e covarde [é] decorrente da intolerância e da incapacidade de compreender a atividade jornalística, que é a de levar informação aos cidadãos. Além de atentar contra a integridade física dos jornalistas, os agressores atacam o direito da sociedade de ser livremente informada."

Ontem (5) durante protesto em frente à Central Única dos Trabalhadores (CUT), no centro de Brasília, uma equipe do jornal Correio Braziliense - uma repórter, uma fotógrafa e um motorista - teve o carro em que estava depredado. Uma equipe do SBT e um repórter fotográfico da Agência Reuters também foram atacados.

Na manhã de hoje (6), em São Bernardo do Campo (SP), o jornalista Nilton Fukuda, repórter da Agência Estadão Conteúdo, e a jornalista Sônia Blota, da Band, foram agredidos ao registrarem manifestações em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Ambos foram atingidos por ovos jogados pelos manifestantes.

Na nota, Abert, Aner e ANJ reiteram: "A liberdade de imprensa e o direito à informação são básicos na sociedade democráticas e estão sendo desrespeitados pelo autoritarismo dos agressores. Todos aqueles que prezam a democracia precisam se colocar contra esses lamentáveis episódios e se mobilizar para que não voltem a ocorrer. Sem jornalismo, não há democracia."

Mais cedo, a Associação Brasileira de Jornalistas Investigativos também reagiu às agressões contra os profissionais de imprensa. "A Abraji repudia as agressões e hostilidades às equipes do Correio Braziliense e do SBT, ao fotógrafo da Reuters e a Nilton Fukuda. A violência contra profissionais da imprensa é inaceitável em qualquer contexto. Impedir jornalistas de exercer seu ofício é atentar contra a democracia. Os autores devem ser identificados e punidos pelas autoridades", diz a associação.

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