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Em 3 décadas, STF só condenou 16 políticos por corrupção

Segundo levantamento do Congresso em Foco, 172 senadores e deputados em exercício estão sendo investigados hoje pelo STF

Santinhos de deputados jogados no chão (Antonio Cruz/ Agência Brasil/Agência Brasil)

Valéria Bretas

Publicado em 22 de setembro de 2015 às 17h52.

São Paulo – Nos últimos 27 anos, o número de parlamentares que foram investigados ou respondem por ações penais no Supremo Tribunal Federal ( STF ) ultrapassou 500 pessoas.

Porém, segundo levantamento do Congresso em Foco, apenas 16 foram condenados por corrupção, lavagem de dinheiro ou desvio de verba pública.

Desses, oito cumpriram (ou cumprem) pena, três recorreram e outros cinco saíram pela tangente por prescrição (quando os casos são arquivados devido a perda do prazo para se julgar a ação).

De acordo com a pesquisa, entre os que foram considerados culpados, apenas o ex-deputado Natan Donaton continua atrás das grades - ele foi o primeiro parlamentar a ter prisão decretada pelo STF desde 1988.

Hoje, ele cumpre pena de 13 anos em Brasília (DF) por ter desviado recursos da Assembleia Legislativa de Rondônia.

Além do ex-peemedebista, outros quatro seguem em prisão domiciliar: Asdrubal Bentes (PMDB-PA), João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP) - os últimos três, condenados no mensalão.

Quando se trata do número de investigações, o relatório destaca que os investigados respondem por mais de uma ação penal na justiça.

Entre as 6 principais violações, lavagem de dinheiro segue na liderança com 75 acusações - atrás, seguem os crimes contra a Lei de Licitações e Corrupção Passiva.

O deputado federal e ex-prefeito de Macapá Roberto Góes (PDT-AP) é quem soma o maior número de passagens judiciais. São nove inquéritos e cinco ações penais por peculato (crime ligado ao agente público), corrupção passiva e crimes contra o meio ambiente.

Com apenas um registro inferior ao de Góes, o vice-campeão no STF é o deputado peemedebista Veneziano Vital do Rêgo. Hoje, ele responde a doze inquéritos e uma ação penal por crimes contra a Lei de Licitações, peculato e crimes eleitorais.

Hoje, segundo o levantamento, 358 investigações contra 172 parlamentares seguem no Supremo. Desse total, 141 são deputados e o restante, senadores.

Veja os 10 mais

CargoParlamentarPartidoUFInquéritosAções penaisCondenaçõesTotal
DeputadosRoberto GóesPDTAP9514
DeputadosVeneziano Vital do RêgoPMDBPB12113
SenadoresIvo CassolPPRO72110
DeputadosNilson LeitãoPSDBMT88
DeputadosWashington ReisPMDBRJ718
DeputadosZeca CavalcantiPTBPE88
SenadoresLindbergh FariasPTRJ77
DeputadosJoão Paulo KleinübingPSDSC77
DeputadosProfessora Dorinha SeabraDEMTO426
DeputadosAlberto FragaDEMDF246
DeputadosAníbal GomesPMDBCE66

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São Paulo – Nos últimos 27 anos, o número de parlamentares que foram investigados ou respondem por ações penais no Supremo Tribunal Federal ( STF ) ultrapassou 500 pessoas.

Porém, segundo levantamento do Congresso em Foco, apenas 16 foram condenados por corrupção, lavagem de dinheiro ou desvio de verba pública.

Desses, oito cumpriram (ou cumprem) pena, três recorreram e outros cinco saíram pela tangente por prescrição (quando os casos são arquivados devido a perda do prazo para se julgar a ação).

De acordo com a pesquisa, entre os que foram considerados culpados, apenas o ex-deputado Natan Donaton continua atrás das grades - ele foi o primeiro parlamentar a ter prisão decretada pelo STF desde 1988.

Hoje, ele cumpre pena de 13 anos em Brasília (DF) por ter desviado recursos da Assembleia Legislativa de Rondônia.

Além do ex-peemedebista, outros quatro seguem em prisão domiciliar: Asdrubal Bentes (PMDB-PA), João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP) - os últimos três, condenados no mensalão.

Quando se trata do número de investigações, o relatório destaca que os investigados respondem por mais de uma ação penal na justiça.

Entre as 6 principais violações, lavagem de dinheiro segue na liderança com 75 acusações - atrás, seguem os crimes contra a Lei de Licitações e Corrupção Passiva.

O deputado federal e ex-prefeito de Macapá Roberto Góes (PDT-AP) é quem soma o maior número de passagens judiciais. São nove inquéritos e cinco ações penais por peculato (crime ligado ao agente público), corrupção passiva e crimes contra o meio ambiente.

Com apenas um registro inferior ao de Góes, o vice-campeão no STF é o deputado peemedebista Veneziano Vital do Rêgo. Hoje, ele responde a doze inquéritos e uma ação penal por crimes contra a Lei de Licitações, peculato e crimes eleitorais.

Hoje, segundo o levantamento, 358 investigações contra 172 parlamentares seguem no Supremo. Desse total, 141 são deputados e o restante, senadores.

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CargoParlamentarPartidoUFInquéritosAções penaisCondenaçõesTotal
DeputadosRoberto GóesPDTAP9514
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SenadoresIvo CassolPPRO72110
DeputadosNilson LeitãoPSDBMT88
DeputadosWashington ReisPMDBRJ718
DeputadosZeca CavalcantiPTBPE88
SenadoresLindbergh FariasPTRJ77
DeputadosJoão Paulo KleinübingPSDSC77
DeputadosProfessora Dorinha SeabraDEMTO426
DeputadosAlberto FragaDEMDF246
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