Depoimento de Eira reforça suspeita contra Cunha, diz Janot
Arquivos citados pelo procurador são alvos do inquérito no qual Eduardo Cunha é investigado por suposto envolvimento na Lava Jato
Da Redação
Publicado em 8 de maio de 2015 às 21h10.
Brasília - Na avaliação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, as informações prestadas pelo ex-diretor da área de informática da Câmara dos Deputados , Luiz Antonio Souza da Eira, a investigadores da Lava Jato "reforçam as suspeitas de que os arquivos foram de autoria do Deputado Federal Eduardo Cunha", escreveu Janot em pedido de diligência encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Os arquivos citados pelo procurador foram criados em 2011 e são alvo do inquérito no qual o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é investigado por suposto envolvimento na Lava Jato .
Como revelou o jornal O Estado de S. Paulo, o mandado de requisição de documentos realizado no início da semana na Câmara dos Deputados foi motivado por depoimento prestado por Eira no dia 29 de abril, um dia depois de ter sido demitido do cargo de diretor da área de informática da Câmara por Eduardo Cunha.
Durante seu depoimento, Eira deu explicações técnicas aos investigadores sobre o funcionamento do sistema da Câmara e deu mais evidências de que o arquivo investigado na Lava Jato é de autoria de Cunha.
Investigadores buscam informações sobre dois requerimentos feitos na Câmara em 2011, de autoria da ex-deputada federal Solange Pereira de Almeida (PMDB-RJ), hoje prefeita da cidade de Rio Bonito, no Estado do Rio de Janeiro.
A suspeita é de que as representações tenham sido arquitetadas por Cunha, com base em depoimento do doleiro Alberto Youssef, um dos delatores da Lava Jato.
O doleiro disse ao Ministério Público que o presidente da Câmara seria um dos beneficiários das propinas vindas do esquema envolvendo um contrato de aluguel de um navio-plataforma das empresas Samsung e Mitsui.
Ele teria encomendado os pedidos de auditoria dos contratos entre Mitsui, Samsung e Petrobras como uma "ameaça", após o pagamento de propina ter sido suspenso. Cunha tem negado qualquer favorecimento no esquema.
A notícia de que Eira havia sido demitido chamou a atenção dos investigadores que cuidam da Lava Jato. Para justificar a demissão do diretor, Cunha sugeriu que houve uma "revolta" do departamento de informática depois de ele ter determinado mudança na carga horária dos funcionários.
O presidente da Câmara negou que a exoneração de Eira tenha sido motivada pela reportagem e disse ainda que pediu uma investigação na área de TI. Segundo ele, a mudança de carga horária teria gerado uma "manipulação" da área de TI contra ele após a determinação para que os servidores da informática cumprissem a carga horária de 40 horas semanais.
Brasília - Na avaliação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, as informações prestadas pelo ex-diretor da área de informática da Câmara dos Deputados , Luiz Antonio Souza da Eira, a investigadores da Lava Jato "reforçam as suspeitas de que os arquivos foram de autoria do Deputado Federal Eduardo Cunha", escreveu Janot em pedido de diligência encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Os arquivos citados pelo procurador foram criados em 2011 e são alvo do inquérito no qual o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é investigado por suposto envolvimento na Lava Jato .
Como revelou o jornal O Estado de S. Paulo, o mandado de requisição de documentos realizado no início da semana na Câmara dos Deputados foi motivado por depoimento prestado por Eira no dia 29 de abril, um dia depois de ter sido demitido do cargo de diretor da área de informática da Câmara por Eduardo Cunha.
Durante seu depoimento, Eira deu explicações técnicas aos investigadores sobre o funcionamento do sistema da Câmara e deu mais evidências de que o arquivo investigado na Lava Jato é de autoria de Cunha.
Investigadores buscam informações sobre dois requerimentos feitos na Câmara em 2011, de autoria da ex-deputada federal Solange Pereira de Almeida (PMDB-RJ), hoje prefeita da cidade de Rio Bonito, no Estado do Rio de Janeiro.
A suspeita é de que as representações tenham sido arquitetadas por Cunha, com base em depoimento do doleiro Alberto Youssef, um dos delatores da Lava Jato.
O doleiro disse ao Ministério Público que o presidente da Câmara seria um dos beneficiários das propinas vindas do esquema envolvendo um contrato de aluguel de um navio-plataforma das empresas Samsung e Mitsui.
Ele teria encomendado os pedidos de auditoria dos contratos entre Mitsui, Samsung e Petrobras como uma "ameaça", após o pagamento de propina ter sido suspenso. Cunha tem negado qualquer favorecimento no esquema.
A notícia de que Eira havia sido demitido chamou a atenção dos investigadores que cuidam da Lava Jato. Para justificar a demissão do diretor, Cunha sugeriu que houve uma "revolta" do departamento de informática depois de ele ter determinado mudança na carga horária dos funcionários.
O presidente da Câmara negou que a exoneração de Eira tenha sido motivada pela reportagem e disse ainda que pediu uma investigação na área de TI. Segundo ele, a mudança de carga horária teria gerado uma "manipulação" da área de TI contra ele após a determinação para que os servidores da informática cumprissem a carga horária de 40 horas semanais.