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Delação que cita propina a Cunha poderá entrar em processo

Por conta do feriado de quinta-feira (21), o colegiado só volta a se reunir na próxima semana

Eduardo Cunha: críticos de Cunha acusam aliados e o próprio presidente da Casa de adotar manobras para protelar os trabalhos (Alex Ferreira/Câmara dos Deputados)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2016 às 12h48.

Com o fim do capítulo do impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara , deputados voltam as atenções ao processo que pode culminar na cassação do mandato do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em andamento no Conselho de Ética.

Por conta do feriado de quinta-feira (21), o colegiado só volta a se reunir na próxima semana.

No entanto, antes disso, o relator do caso, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), pode decidir se incluirá a delação premiada de Ricardo Pernambuco Júnior, executivo da Carioca Engenharia, no âmbito da operação Lava Jato, já homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo assessores, Marcos Rogério ainda aguarda a chegada de novos documentos da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da própria Corte para decidir sobre esta inclusão, pedida pelo deputado Subtenente Gonzaga (PDT-MG), suplente no conselho.

Funcionários do gabinete do relator explicaram que algumas informações solicitadas pelo parlamentar já foram entregues pela Justiça, mas neste rol ainda não está incluída a declaração de Pernambuco Júnior, de que pagou propina a Cunha no valor de R$ 52 milhões, divididos em 36 prestações, para que empresas acessassem recursos do Fundo de Investimento do FGTS.

A cautela é para que, no caso de estar sob sigilo, a inclusão da delação, que seria considerada prova ilícita, não comprometa o processo que já se arrasta há cinco meses.

Críticos de Cunha acusam aliados e o próprio presidente da Casa de adotar manobras para protelar os trabalhos, como recursos que foram apresentados pelo advogado de defesa, Marcelo Nobre, e alguns integrantes do colegiado que resultaram na retomada de fases das atividades do processo.

Na próxima terça-feira (26), está confirmado o depoimento, em Brasília, de Fernando Soares – conhecido como Fernando Baiano, acusado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público de ser um dos operadores de propina da Petrobras ligado ao PMDB.

Baiano é testemunha indicada pelo relator Marcos Rogério, assim como o empresário João Henriques, que atuava como lobista do PMDB e disse, em delação premiada da Operação Lava Jato, que transferiu mais de US$ 1 milhão para contas de Cunha no exterior.

João Henriques seria ouvido na segunda-feira (25), em Curitiba, onde está preso, mas o advogado do empresário ainda precisa avisá-lo e só deve fazer isto no próprio dia 25, adiando a oitiva para o dia 27.

A partir desta data, o relator quer começar a ouvir testemunhas indicadas por Cunha que já estão sendo notificadas.

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Por conta do feriado de quinta-feira (21), o colegiado só volta a se reunir na próxima semana.

No entanto, antes disso, o relator do caso, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), pode decidir se incluirá a delação premiada de Ricardo Pernambuco Júnior, executivo da Carioca Engenharia, no âmbito da operação Lava Jato, já homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo assessores, Marcos Rogério ainda aguarda a chegada de novos documentos da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da própria Corte para decidir sobre esta inclusão, pedida pelo deputado Subtenente Gonzaga (PDT-MG), suplente no conselho.

Funcionários do gabinete do relator explicaram que algumas informações solicitadas pelo parlamentar já foram entregues pela Justiça, mas neste rol ainda não está incluída a declaração de Pernambuco Júnior, de que pagou propina a Cunha no valor de R$ 52 milhões, divididos em 36 prestações, para que empresas acessassem recursos do Fundo de Investimento do FGTS.

A cautela é para que, no caso de estar sob sigilo, a inclusão da delação, que seria considerada prova ilícita, não comprometa o processo que já se arrasta há cinco meses.

Críticos de Cunha acusam aliados e o próprio presidente da Casa de adotar manobras para protelar os trabalhos, como recursos que foram apresentados pelo advogado de defesa, Marcelo Nobre, e alguns integrantes do colegiado que resultaram na retomada de fases das atividades do processo.

Na próxima terça-feira (26), está confirmado o depoimento, em Brasília, de Fernando Soares – conhecido como Fernando Baiano, acusado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público de ser um dos operadores de propina da Petrobras ligado ao PMDB.

Baiano é testemunha indicada pelo relator Marcos Rogério, assim como o empresário João Henriques, que atuava como lobista do PMDB e disse, em delação premiada da Operação Lava Jato, que transferiu mais de US$ 1 milhão para contas de Cunha no exterior.

João Henriques seria ouvido na segunda-feira (25), em Curitiba, onde está preso, mas o advogado do empresário ainda precisa avisá-lo e só deve fazer isto no próprio dia 25, adiando a oitiva para o dia 27.

A partir desta data, o relator quer começar a ouvir testemunhas indicadas por Cunha que já estão sendo notificadas.

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