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Decreto de Trump afeta Erika Hilton, e visto de deputada é recebido no gênero masculino

Governo americano ignora documentos brasileiros e visto anterior concedido à parlamentar, com identidade feminina. Medida de janeiro não reconhece pessoas trans no país americano

Em 2023, a embaixada havia emitido visto na identidade feminina (Will Shutter / Câmara dos Deputados/Reprodução)

Em 2023, a embaixada havia emitido visto na identidade feminina (Will Shutter / Câmara dos Deputados/Reprodução)

Agência o Globo
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Publicado em 16 de abril de 2025 às 11h55.

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A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) foi afetada pela nova política vigente nos Estados Unidos, e teve seu novo visto para o país identificada no gênero masculino. O processo de emissão para a parlamentar seria para ela palestrar nas universidades de Harvard e no MIT. Erika decidiu não fazer a viagem.

Hilton declarou ter acionado o Itamaraty, e que fará o mesmo com o governo americano na Organização das Nações Unidas por considerar o caso transfobia. "É transfobia de Estado. Trump transformou o governo americano em máquina de perseguição a minorias", declarou a parlamentar em nota.

Erika Hilton iria palestrar no painel "Diversidade e Democracia" ao lado de outras autoridades brasileiras durante o "Brazil Conference at Harvard & MIT 2025" no sábado passado, 12 de abril. A deputada disse que estava pronta para a viagem quando o visto no gênero masculino chegou, e decidiu não ir.

A certidão de nascimento da parlamentar foi ratificado, e o passaporte da parlamentar atestam seu gênero como feminino. Em 2023, a embaixada havia emitido visto na identidade feminina.

Os Estados Unidos suspenderam a emissão de passaportes com gênero "X" para pessoas que se identificam como não binárias, no dia 25 de janeiro deste ano. O decreto foi assinado cinco após a posse.

“É muito grave o que os Estados Unidos tem feito com as pessoas trans que vivem naquele país e quem lá ingressa. É uma política higienista e desumana que além de atingir as pessoas trans também desrespeitam a soberania do governo brasileiro em emitir documentos que devem ser respeitados pela comunidade internacional", disse Erika Hilton em nota.

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