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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Rio de Janeiro - O consumo de aço inoxidável (aço inox) no Brasil deverá fechar o ano em 350 mil toneladas, bem próximo do patamar registrado em 2008, quando o país consumiu 360 mil toneladas. O vice-presidente do Conselho Deliberativo do Núcleo Inox, Celso Barbosa, considera que "isso é excelente, pois nos mercados da Comunidade Europeia e dos Estados Unidos, o consumo ficará abaixo de 2008 este ano".
O Núcleo Inox é uma sociedade civil que congrega pessoas físicas e jurídicas dedicadas no Brasil à pesquisa, fabricação, comercialização, transformação, beneficiamento e divulgação do aço inox e seus insumos. A entidade abriu hoje (20), no Rio de Janeiro, a edição internacional do 10º Seminário Brasileiro do Aço Inoxidável, cujo tema principal é petróleo e gás.
A previsão do Núcleo Inox é de que o Brasil experimentará um crescimento de consumo de aço inox da ordem de 12% ao ano até 2015, o que levará o consumo nacional a 550 mil toneladas/ano. Segundo avaliou Celso Barbosa, isso ampliará o consumo per capita, atualmente de 2 quilos por habitante/ano, para 2,5 quilos per capita/ano.
"Esse número é muito baixo em relação aos países desenvolvidos. Na Itália, por exemplo, o consumo já ultrapassou 20 quilos per capita/ano. A média mundial é de 10 a 12 quilos por habitante/ano". Os fatores que impedem o aumento do consumo no Brasil não estão ligado à oferta do produto, mas ao estágio de desenvolvimento do país, disse Barbosa. "À medida em que melhoram as condições econômicas de um país, mais consumo você tem de bens e demanda de produtos de aço inoxidável, tanto no setor de alimentos, como em saúde, saneamento e, principalmente, transporte de massa. E o Brasil tem uma carência muito grande em transporte de massa e também na questão de processamento de alimentos".
Barbosa informou que 90% do consumo de aço inox no país são de produtos planos (chapas), usados nos segmentos de eletrodomésticos e bens de consumo. Nessas áreas o consumo interno não sentiu tanto os reflexos da crise internacional. Já nos produtos longos (barras e tubos), mais relacionados a aplicações industriais, a crise trouxe cancelamento de investimentos e queda da atividade.
Outro setor consumidor de aço inoxidável, o sucroalcooleiro, também sofreu efeitos da crise. Já nos setores de energia (óleo e gás), ocorreu o contrário. "O segmento veio aquecido e crescendo. E a demanda não foi afetada. Pelo contrário. Até cresceu", disse o vice presidente do Núcleo Inox.
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