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Com 72% de vacinados, SP é a melhor cidade para investir no comércio

A cidade suspendeu as restrições de distanciamento em todos os estabelecimentos comerciais desde o começo do mês. Veja as melhores cidades para ter negócios no comércio

Rua 25 de Março, no centro da cidade de São Paulo, fornece produtos para todo o país. (Jonne Roriz/Bloomberg/Getty Images)

Rua 25 de Março, no centro da cidade de São Paulo, fornece produtos para todo o país. (Jonne Roriz/Bloomberg/Getty Images)

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Gilson Garrett Jr

Publicado em 9 de novembro de 2021 às 17h17.

Última atualização em 9 de novembro de 2021 às 17h30.

A cidade de São Paulo foi uma das mais afetadas pela crise da pandemia de covid-19. Em 2020, mais de 97.000 postos de trabalho foram fechados. Mas assim que a reabertura começou, a retomada econômica deu sinais positivos. Neste ano, o saldo de empregos criados está em 294.591 postos, um crescimento de 6,89% entre janeiro e agosto de 2021.

Com 100% das pessoas adultas vacinadas com pelo menos a primeira dose, e 72% da população totalmente imunizada, a cidade deixou de adotar restrições de distanciamento de clientes em todos os estabelecimentos comerciais desde o começo do mês.

A volta econômica foi determinante para São Paulo aparecer na primeira colocação no ranking Melhores Cidades para Fazer Negócios, no setor de comércio. Em segundo lugar aparece a vizinha, Barueri, e em terceiro lugar a capital catarinense, Florianópolis. A lista contempla 100 cidades.

O ranking das melhores cidades para fazer negócios é elaborado anualmente pela consultoria Urban Systems, com exclusividade para EXAME, em seis segmentos econômicos: educação, comércio, serviços, indústria, mercado imobiliário e agropecuária.

Para chegar à lista do comércio, foram analisados onze indicadores, entre eles, saldo de empregos e a renda média do trabalhador do setor, nas cidades com mais de 100 mil habitantes.

Em 2021, a consultoria também avaliou o ritmo de vacinação e taxa de letalidade da covid-19 em cada um dos municípios, no dia 15 de outubro, para uma fotografia de comparação.

Guilherme Dietze, assessor econômico da FecomercioSP, avalia que a cidade é o comércio do Brasil e, por isso, se destaca no cenário nacional. “É uma cidade que não só atende a região, é a maior distribuidora de produtos para o todo o país. O Brasil todo vai comprar na Rua 25 de março, em Santa Efigênia ou no Brás, para atender os mercados locais”, diz.

De acordo com pesquisa da Fecomércio de São Paulo, o Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (ICEC) cresceu pela quarta vez consecutiva em 2021 e avançou 5,4%, ao passar de 107,8 pontos, em agosto, para 113,5 pontos, em setembro.

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) destaca que o modelo de controle da pandemia adotado pela cidade foi diferente de outros lugares do mundo, sem o chamado lockdown, onde todas as atividades foram fechadas, onde só ficaram funcionando os serviços de segurança pública e saúde.

“São Paulo se destaca de todas as cidades do Brasil pelo diálogo de conscientização da população. Tivemos posições claras de que estávamos agindo sempre de acordo com a Secretaria da Saúde, e a população compreendeu que não era política. Não tivemos nenhuma ação pensando em voto, popularidade ou desgaste. Foi na medida”, afirma Nunes.

Na próxima quarta-feira, 10, a cidade decide sobre a liberação do uso obrigatório de máscaras. O prefeito aguarda um estudo realizado pela Secretaria Municipal de Saúde para tomar a decisão. Outras cidades, como o Rio de Janeiro, já liberaram o uso compulsório em locais abertos.

“Os técnicos me deram o prazo de 10 de novembro. Daqui até lá vamos monitorar. O estudo é feito com 15.622 pessoas, é um volume bastante grande para nos dar assertividade na decisão. Pode ser que no dia 10 eles falem que a máscara continua ou não. O que eles me trouxerem, eu vou decidir, independentemente de popularidade. Não vou tomar atitude para agradar, mas para preservar as pessoas”, diz Nunes.

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