Cartórios negam ganhos extras para "limpar nome"
Os cartórios contestam que podem ter receita extra de R$ 20 bilhões por ano caso sejam aprovados projetos que ampliam restrições para negativar devedores
Da Redação
Publicado em 3 de dezembro de 2015 às 14h14.
São Paulo - Os cartórios contestam que podem ter receita extra de R$ 20 bilhões por ano caso sejam aprovados projetos em tramitação no Congresso que ampliam restrições para negativar devedores.
O número foi calculado pela Associação Nacional dos Birôs de Crédito (ANBC).
O vice-presidente da Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg-BR), Claudio Marçal Freire, disse que esta receita extra é uma "ilação que as empresas proprietárias dos cadastros de consumidores" estão fazendo.
Caso a lei seja aprovada, os consumidores teriam gastos em cartório a partir dos protestos dos títulos.
"Não sabemos a origem dos dados", ressalta. "Seja de onde for, é uma estimativa que não leva em conta as taxas resgatadas ao Estado, ao Poder Judiciário e às Procuradorias de Justiça e às Defensorias Públicas, além de todas as despesas de mais de 4 mil cartórios de protesto em todo o Brasil", afirma.
A origem do problemas está no fato de que hoje os devedores em atraso são avisados pelos birôs via carta simples e negativados em paralelo.
Os projetos de lei em andamento, porém, estabelecem que, previamente a isso, os inadimplentes sejam notificados por uma correspondência com aviso de recebimento (AR) que deve voltar assinada por quem a recebeu. Só depois, então, poderão negativar o consumidor em atraso.
Para Freire, que também é secretário Geral do Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil e da Seção São Paulo (IEPTB), a lei precisa ser analisada do ponto de vista do consumidor, já que possibilita a quitação da dívida antes da negativação: "Protesto é um instrumento legal e importante para dar publicidade ao devedor, diferente do que ocorre com a carta simples, em que o consumidor fica desprotegido, pois não existe a garantia da notificação."
São Paulo - Os cartórios contestam que podem ter receita extra de R$ 20 bilhões por ano caso sejam aprovados projetos em tramitação no Congresso que ampliam restrições para negativar devedores.
O número foi calculado pela Associação Nacional dos Birôs de Crédito (ANBC).
O vice-presidente da Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg-BR), Claudio Marçal Freire, disse que esta receita extra é uma "ilação que as empresas proprietárias dos cadastros de consumidores" estão fazendo.
Caso a lei seja aprovada, os consumidores teriam gastos em cartório a partir dos protestos dos títulos.
"Não sabemos a origem dos dados", ressalta. "Seja de onde for, é uma estimativa que não leva em conta as taxas resgatadas ao Estado, ao Poder Judiciário e às Procuradorias de Justiça e às Defensorias Públicas, além de todas as despesas de mais de 4 mil cartórios de protesto em todo o Brasil", afirma.
A origem do problemas está no fato de que hoje os devedores em atraso são avisados pelos birôs via carta simples e negativados em paralelo.
Os projetos de lei em andamento, porém, estabelecem que, previamente a isso, os inadimplentes sejam notificados por uma correspondência com aviso de recebimento (AR) que deve voltar assinada por quem a recebeu. Só depois, então, poderão negativar o consumidor em atraso.
Para Freire, que também é secretário Geral do Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil e da Seção São Paulo (IEPTB), a lei precisa ser analisada do ponto de vista do consumidor, já que possibilita a quitação da dívida antes da negativação: "Protesto é um instrumento legal e importante para dar publicidade ao devedor, diferente do que ocorre com a carta simples, em que o consumidor fica desprotegido, pois não existe a garantia da notificação."