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Brasil e França se reaproximam após distanciamento sob gestão Bolsonaro

Após inúmeros desencontros entre os parlamentares franceses com Bolsonaro, no governo Lula, os países voltam a negociar e manter boas relações diplomáticas

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Brasil-França: aproximação diplomática melhora com governo Lula (Ricardo Stuckert/Lula/Divulgação)

Brasil-França: aproximação diplomática melhora com governo Lula (Ricardo Stuckert/Lula/Divulgação)

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Agência Brasil

Publicado em 8 de fevereiro de 2023 às, 20h10.

A visita da ministra francesa das Relações Exteriores, Catherine Colonna, ao Brasil ocorre sob auspícios melhores do que a do último chefe da diplomacia da França a visitar Brasília: Jean-Yves Le Drian, em quem o presidente Jair Bolsonaro deu um bolo em 2019.

O encontro, previsto para julho daquele ano, foi cancelado oficialmente "por questões de agenda", em um contexto de forte tensão entre o Brasil e a França por causa das queimadas na Amazônia.

Descontente com a decisão do chefe da diplomacia francesa de se reunir em Brasília com representantes de ONGs, a maioria hostis ao então presidente, Bolsonaro, um negacionista climático, cancelou o encontro na última hora. A este insulto, somou uma provocação, ao fazer uma transmissão ao vivo no Facebook em que aparecia cortando o cabelo na hora prevista para o encontro.

Alguns dias depois, Le Drian ironizou o caso, aludindo a uma "urgência capilar" de Bolsonaro, e o ministro, quase totalmente calvo, acrescentou: "É uma preocupação que me é estranha". Posteriormente, declarou: "Não estabelecemos relações internacionais organizando concursos de insultos."

O mês seguinte, agosto de 2019, também foi espinhoso para ele. Em plena crise entre Brasil e França por causa das queimadas na Amazônia, Bolsonaro debochou do físico da primeira-dama francesa, Brigitte Macron, em declarações consideradas "extraordinariamente desrespeitosas" pelo presidente Emmanuel Macron, paralelamente a um encontro do G7 em Biarritz.

O então ministro da Educação brasileiro, Abraham Weintraub, chamou o presidente Macron de "calhorda oportunista buscando apoio do lobby agrícola francês", e o da Economia, Paulo Guedes, ofendeu a primeira-dama francesa, ao dizer que "é feia mesmo".

Essa retórica sem filtro e contrária a qualquer prática diplomática chocou os brasileiros e foi acompanhada do congelamento das relações políticas entre a França e o Brasil, onde Jair Bolsonaro foi substituído em janeiro por Luiz Inácio Lula da Silva, quem Catherine Colonna encontra nesta quarta.

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