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Paes volta atrás e diz que não comenta mais segurança no Rio

Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, voltou atrás nas críticas feitas ao governo do Estado sobre segurança no Rio para Olimpíadas


	Eduardo Paes (PMDB), prefeito do Rio de Janeiro: "atuação como comentarista de segurança pública já se encerrou"
 (J.P. Engelbrecht/PMRJ)

Eduardo Paes (PMDB), prefeito do Rio de Janeiro: "atuação como comentarista de segurança pública já se encerrou" (J.P. Engelbrecht/PMRJ)

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Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2016 às 14h04.

Rio - Após afirmar à rede de televisão norte-americana CNN que o trabalho de segurança pública do Rio vivia "um momento terrível", o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), preferiu amenizar o tom das críticas ao governo do Estado, do qual é aliado histórico.

Nesta terça-feira, um mês antes do início dos Jogos Olímpicos na capital carioca, Paes deu a entender que fora mal interpretado na entrevista e afirmou que sua "atuação como comentarista de segurança pública já se encerrou".

A declaração foi dada minutos após o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes (PSDB), afirmar que os R$ 2,9 bilhões prometidos pelo governo federal em ajuda ao Rio de Janeiro já foram transferidos.

O prefeito negou nesta terça que esteja em rota de colisão com o governo do Estado. Diante de cerca de 200 jornalistas do País e do exterior, Paes foi indagado sobre a crise na segurança pública e sobre as declarações dadas à rede de TV norte-americana. Medindo bem as palavras, procurou reduzir o teor de suas críticas.

"Ela (entrevista) foi dada no sábado, quando reclamei um pouco da atitude do governo do Estado. Nós nos acostumamos no Rio com a melhoria da segurança pública nos últimos anos. O 'terrible', em inglês, significa também um 'momento muito ruim'. Nós estávamos vivendo um momento muito ruim, conhecido", disse o prefeito.

"Não há qualquer tipo de conflito. Eu venho elogiando o governo do Estado ao longo desses últimos anos por um motivo simples: porque só vem melhorando. Eu elogiei o momento todo o (ex-)governador Sérgio Cabral, o governador (Luiz Fernando) Pezão, elogio o governador (em exercício, Francisco) Dornelles, elogio o secretário (José Mariano Beltrame, da Justiça). Eu fiz uma constatação", afirmou Paes, durante inauguração do Museu Cidade Olímpica, ao lado do Engenhão.

O prefeito também declarou que não irá mais comentar segurança pública. Na tarde desta terça, o governo federal passa a assumir oficialmente a segurança de todas as instalações olímpicas.

Sobre isso, Alexandre Moraes assegurou que "todas as obrigações que o ministério da Justiça teve foram cumpridas".

O ministro afirmou que todo o efetivo da Força Nacional de Segurança, com reforços da polícia federal e da polícia rodoviária federal, estará trabalhando nas instalações olímpicas em até 20 dias, o que "vai permitir que as polícias (militar e civil) se concentrem na segurança das ruas".

"Os 2,9 bilhões que o presidente Michel Temer, por medida provisória, liberou como crédito suplementar absolutamente necessário para a realização da Olimpíada, para a questão da segurança, já foi liberado e transferido para o Estado do Rio de Janeiro, para que possa não só pagar o salário dos policiais esta semana", afirmou Moraes. "Toda a questão, todo o planejamento, toda a questão de segurança está sendo cumprida e vai ser realizada."

O ministro também afirmou que não há "probabilidade" de ataque terrorista no Brasil durante os Jogos, mas não descartou totalmente essa possibilidade.

"Hoje, não só o Brasil, mas todas as agências internacionais de segurança, dizem que nós não temos a probabilidade de algum evento terrorista. A possibilidade existe no mundo todo, obviamente, mas não há a probabilidade", disse Moraes.

"Mas trabalhamos como se houvesse. Essa prevenção não vendo sendo feita apenas no Rio de Janeiro, mas em todo o Brasil", completou.

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