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Natal deve crescer 1,3%, mas ainda não supera resultado pré-pandemia, diz CNC

O varejo brasileiro deve movimentar R$ 69,7 bilhões neste Natal

Isabela Rovaroto
Isabela Rovaroto

Repórter de Negócios

Publicado em 5 de dezembro de 2024 às 14h59.

O varejo brasileiro deve movimentar R$ 69,7 bilhões neste Natal, crescimento de 1,3% em relação ao ano passado, já descontada a inflação. A previsão é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

No entanto, o volume de vendas ainda não atingirá o patamar pré-pandemia. Em 2019, as vendas de Natal totalizaram R$ 73,74 bilhões.

Os supermercados devem responder por 45% desse total, ou R$ 31,3 bilhões. Em seguida, estão as lojas de vestuário, calçados e acessórios, com 28,8% (R$ 20,07 bilhões), e os estabelecimentos de artigos pessoais e domésticos, com 11,7% (R$ 8,1 bilhões).

“A atual dinâmica de consumo tem atuado no incremento das vendas neste fim de ano. Mas as condições menos favoráveis causadas pelo aperto monetário iniciado em setembro pelo Banco Central já são sentidas pelo consumidor final. Isso explica a curva de crescimento menos acentuada no comparativo com o ano passado, quando projetamos o aumento de 5,6%”, diz o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.

Ele comparou a estimativa deste ano com a projeção de 5,6% de crescimento do ano passado.

Menos empregos

No mercado de trabalho, a CNC estima a contratação de 98,1 mil temporários para o Natal deste ano, uma redução de 2,3 mil postos em relação a 2023. O economista-chefe da CNC, Fábio Bentes, explicou que o aumento de 3% na força de trabalho no varejo ao longo de 2024 fez com que as empresas dependessem menos de temporários.

Bentes também indicou que a expectativa é de que cerca de 8 mil temporários sejam efetivados em 2025.

Preços mais altos

A desvalorização do real deverá impactar o preço dos produtos natalinos, com alta média de 5,8%. Itens como livros (12%), produtos de cuidado com a pele (9,5%) e alimentos (8,3%) devem ficar mais caros. Por outro lado, bicicletas (-6,2%), aparelhos telefônicos (-5,5%) e brinquedos (-3,5%) devem apresentar queda de preços.

Entre os estados, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul devem concentrar 55,5% da movimentação total. Paraná e Bahia são os estados com as maiores projeções de crescimento: 5,1% e 3,6%, respectivamente.

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