Tecnologia

Empresas se armam para o Natal dos tablets

Fabricantes beneficiadas por redução tributária colocarão os produtos com preços mais baixos nas lojas ainda neste ano

O iPad 2 está esgotado em vários dos países onde já começou a ser vendido (Reprodução)

O iPad 2 está esgotado em vários dos países onde já começou a ser vendido (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2013 às 14h24.

São Paulo - Pouco mais de quatro meses após ser anunciado com estardalhaço pelo Palácio do Planalto, o iPad brasileiro ainda está distante das prateleiras das lojas. A demora ocorre, entre outras coisas, porque a taiwanesa Foxconn, que produz o tablet da Apple, ainda espera uma a habilitação do governo para fabricá-lo.

No entanto, sete outras empresas já estão autorizadas pelo poder público a iniciar a produção de tablets com o benefício da Lei de Informática. São elas: AOC, Aiox, Motorola, MXT, Positivo, Samsung e Semp Toshiba (veja quadro com os modelos). O objetivo é que todas coloquem seus produtos nas lojas antes do Natal, promovendo uma guerra de preços que poderá beneficiar o consumidor ávido por seu primeiro tablet. Completam este quadro os próprios importados, que, a despeito da tributação maior, poderão oferecer preços competitivos, haja vista a desvalorização do dólar em relação ao real.

A primeira habilitação foi liberada para a Samsung, no final de junho. Em setembro, os aparelhos nacionais da marca coreana, que contam com redução de IPI e PIS-Cofins, chegarão às lojas. A empresa prevê que, até o final de 2011, serão lançados até cinco modelos de tablets fabricados no Brasil. “O segundo semestre será um período importante, pois mostrará como será a aceitação do produto.

Só no ano que vem, teremos mais previsões sobre a possibilidade de lançar novos modelos fabricados no país ”, afirmou Benjamin Sicsú, vice-presidente de Novos Negócios da Samsung. Também será a partir do próximo mês que a empresa passará a vender seus tablets diretamente no varejo – até o momento, os usuários só conseguem comprar o produto por meio de operadoras de telefonia celular.

Igualmente agraciada com a habilitação, a Motorola – que foi a primeira empresa a produzir tablets no Brasil, em abril de 2011 – apressou-se em lançar no mercado seu Xoom brasileiro com preços menores. No dia seguinte ao enquadramento na Lei de Informática, que ocorreu no início de agosto, a empresa já iniciou a produção. Os preços, no entanto, continuam superiores a 1.000 reais. O modelo 3G do tablet passou de 2.299 reais para 1.999 reais, enquanto o Wi-fi teve seu preço reduzido de 1.899 reais para 1.599 reais. “Nós sempre acreditamos no desenvolvimento tecnológico do país.

Por isso começamos a fabricar o Xoom bem antes, independente de qualquer isenção tributária”, diz Rodrigo Vidigal, diretor de Marketing da Motorola Mobility, a divisão de aparelhos celulares da empresa, cuja venda ao Google foi anunciada em 15 de agosto e, se todas as etapas de análise correrem bem, deverá ser sacramentada em 2012.

Longe de ser popular – Apesar de ajudar a reduzir o preço, a isenção tributária não é suficiente para tirar os tablets da categoria de artigos de luxo. Entre as empresas que fabricam o produto no Brasil, apenas a catarinense Aiox venderá seu tablet Briox por cerca de 700 reais, a partir de outubro.

Segundo especialistas ouvidos pelo site de VEJA, ainda será necessário um aumento significativo na escala de produção (e venda) dos aparelhos para que o preço torne-se acessível a uma fatia mais expressiva da população – tal como aconteceu com os notebooks. Para se ter ideia, segundo a consultoria IDC, apenas em 2010 foram vendidos 13,7 milhões de computadores e 100 mil tablets. A expectativa é que as vendas de PCs ultrapassem 16,3 milhões neste ano, enquanto as de tablets cheguem a 300 mil unidades.

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