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Aplicativo de exercícios Freeletics ganha meio milhão de usuários na pandemia

Alimentado pela tecnologia de Inteligência Artificial (IA), o Freeletics sugere uma gama de treinos que são montados especificamente para o usuário

Freeletics: o aplicativo conta com mais de 3 milhões de usuários brasileiros (Freeletics/Reprodução)

Freeletics: o aplicativo conta com mais de 3 milhões de usuários brasileiros (Freeletics/Reprodução)

LP

Laura Pancini

Publicado em 25 de fevereiro de 2021 às 08h00.

Última atualização em 25 de fevereiro de 2021 às 10h23.

Durante o isolamento social promovido pela pandemia do novo coronavírus, aplicativos de exercícios físicos se tornaram essenciais para aqueles que precisam se exercitar sem sair de casa. O Freeletics, disponível para iOS e Android, é uma opção que faz sucesso no Brasil. Cerca de 560.000 brasileiros instalaram o aplicativo desde março de 2020.

Alimentado pela tecnologia de Inteligência Artificial (IA), o aplicativo sugere uma gama de treinos que são montados especificamente para o usuário, com base em algumas perguntas que são respondidas na hora de criar a conta.

Quem se inscreve indica seus três objetivos principais alguns exemplos são “aumentar a resistência”, “aliviar estresse”, “melhorar sua força mental” e “perder peso” e oferece algumas informações como nível de condicionamento, peso, altura e de que forma gostaria de realizar os exercícios. É tudo que o sistema precisa para montar uma seleção de treinos específica para as metas do usuário.

“O Freeletics Coach aprende com seus usuários em todo o mundo, o que o ajuda a determinar quais exercícios e treinos precisos correspondem melhor às habilidades e objetivos de cada usuário. Com o tempo, ele analisa o desempenho para garantir que o usuário seja continuamente desafiado e progrida”, diz Daniel Sobhani, CEO do Freeletics.

Fundada em 2013, o Freeletics começou em Munique, na Alemanha. Seus fundadores, Joshua Cornelius, Andrej Matijczak e Mehmet Yilma, não partiram diretamente para o mundo digital, e sim para o maior parque da cidade: o Englischer Garten. Os três distribuíram sugestões de treinos impressos em papéis e convidaram as pessoas a se exercitarem por algum tempo antes da criação do aplicativo em 2014.

Como uma startup bootstrapped, ou seja, que utiliza recursos próprios, a empresa obtém lucros sem qualquer financiamento externo. Hoje, ela tem usuários em mais de 175 países e, nos últimos meses, o aplicativo dobrou a base de assinantes pagantes para mais de 600.000.

Só em 2020, foram mais de 11 milhões de novas pessoas registradas, atingindo 51 milhões de usuários em todo o mundo um crescimento de 27,5%. “Quando a pandemia chegou, ela só acelerou nosso processo de crescimento. A gente já entendia que podíamos ajudar as pessoas a treinar em qualquer lugar”, afirma Augusto Santos, diretor de arte global do Freeletics.

A América Latina, especialmente o Brasil, é um mercado de enorme potencial para a empresa. Hoje, são mais de 3 milhões de usuários brasileiros registrados e por volta de 560.000 entraram desde a chegada do coronavírus no país, em março de 2020. A idade média dos brasileiros no aplicativo é de 27 anos e os objetivos mais populares entre eles, de acordo com informações do Freeletics, são queimar gordura, ganhar músculos e melhorar o condicionamento físico geral.

 

Comparando números de instalações em janeiro mês mais importante para os aplicativos de exercício físico, de acordo com Santos , o Freeletics se destaca ao lado de seus competidores mundiais. De acordo com dados do SensorTower, o aplicativo recebeu 1 milhão e 300.000 instalações, enquanto o Adidas Training e o Nike Training Club, aplicativos semelhantes em sua oferta de rotinas de exercícios, ficaram com 800.000 cada.

“Apesar de ser uma comunidade digital, milhões de usuários se conectam, motivam e apoiam uns aos outros e se encontram offline para exercícios em grupo”, diz Sobhani. Agora, com o isolamento social, novas opções de adaptação foram implementadas para encurtar as sessões ou fazer um treinamento que precisa de pouco espaço.

“Desde o início da quarentena, vimos um nível mais alto de atividade do usuário, com exercícios sem equipamento sendo os favoritos. Também vimos um aumento no tempo que os usuários gastavam em suas sessões, refletindo o aumento do tempo disponível para esses tipos de atividades”, afirma o CEO.

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