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OGPar, OGX e MMX dizem que prisão de Eike não afeta negócios

Empresário embarcou ontem de Nova York para o Brasil e chegará nesta manhã ao Rio de Janeiro, onde irá se entregará à Polícia Federal

Empresário Eike Batista, que já foi um dos homens mais ricos do mundo, teve prisão decretado pela Justiça Federal (Marcos Issa/Bloomberg)

Empresário Eike Batista, que já foi um dos homens mais ricos do mundo, teve prisão decretado pela Justiça Federal (Marcos Issa/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 30 de janeiro de 2017 às 09h51.

São Paulo - As petroleiras Óleo e Gás Participações (OGPar) e OGX e a mineradora MMX informaram em comunicados que seus negócios não são afetados pela prisão do empresário Eike Batista, que deve acontecer assim que ele chegar ao Rio de Janeiro nesta segunda-feira.

Eike embarcou na noite de domingo em Nova York para o Brasil e chegará na manhã desta segunda-feira ao Rio de Janeiro, onde irá se apresentar à Polícia Federal, disse à Reuters o advogado do empresário, que é considerado foragido desde a semana passada.

A MMX disse que um novo bloqueio de bens de Eike, anunciado na última semana pela Justiça do Rio de Janeiro, "não está vinculado à companhia" e nem recai sobre os bens da empresa de qualquer maneira.

A OGX ressaltou que Eike não possui mais ações de emissão da companhia e nem exerce nela qualquer função de diretoria ou no conselho de administração.

"A ordem de prisão do Sr. Eike Fuhrken Batista noticiada pelos veículos de mídia não produz efeitos nos negócios da companhia, ou mesmo na continuidade do cumprimento dos compromissos assumidos junto a seus credores", afirmou a OGX.

Já a OGPar também disse que Eike não possuía cargos de administração na empresa e ressaltou que existe um acordo que prevê transferência de participação relevante do empresário na companhia para a 9 West Finance "sob determinadas condições", o que aponta para uma possível redução da fatia dele na empresa.

"A ordem de prisão do Sr. Eike... não produz efeitos nos negócios da companhia, ou mesmo na continuidade do cumprimento de seu Plano de Recuperação Judicial", concluiu a OGPar.

O empresário Eike Batista, que já foi um dos homens mais ricos do mundo, teve prisão decretado pela Justiça Federal e foi alvo de uma operação da Polícia Federal em sua casa na semana passada, mas não foi localizado por ter viajado dois dias antes para Nova York.

Ele é acusado de ter pago propina de 16,5 milhões de dólares ao ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, em troca de obter vantagens para seus investimentos no Estado durante os dois mandatos de Cabral, que já está preso.

A OGPar é uma companhia sucessora da OGX, que era o braço de investimentos em petróleo do grupo EBX, de Eike. Já a MMX era a empresa de mineração da holding do empresário.

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