Negócios

Mais velha e feminina, Chilli Beans investe R$ 25 milhões em lente de grau

Óticas Chilli Beans atraem público feminino com maior poder aquisitivo; empresa investe em fábrica de lentes

Caito Maia, fundador da Chilli Beans: R$ 25 milhões em fábrica de lentes (Chilli Beans/Divulgação)

Caito Maia, fundador da Chilli Beans: R$ 25 milhões em fábrica de lentes (Chilli Beans/Divulgação)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 8 de dezembro de 2021 às 06h00.

Última atualização em 8 de dezembro de 2021 às 10h26.

A marca de óculos Chilli Beans está amadurecendo. Popular entre jovens de maioria masculina, a empresa tem apostado suas fichas em sua rede de óticas, com foco em um público majoritariamente feminino e mais velho. Nos próximos dois anos, a companhia investirá 25 milhões de reais em um laboratório para fabricação de lentes, ampliando a aposta no segmento de óculos de grau.

Saiba qual MBA melhor se encaixa ao seu perfil e comece agora.

“Esse é um mercado quatro vezes maior que o de óculos escuros, com ticket médio 2,5 vezes maior, e um público mais velho. Tudo isso traz um upgrade para a marca Chilli Beans”, afirma Caito Maia fundador da marca. Segundo o empresário, 90% das pessoas que entram em uma Ótica Chilli Beans nunca tinham entrado na Chilli Beans dos óculos escuros, e 10% das pessoas conhecem a marca depois de visitar uma ótica do grupo.

Esse público atraído pela ótica é cerca de dez anos mais velho que o cliente da Chilli Beans tradicional, e tem maior poder aquisitivo. Dentre os clientes, 60% são mulheres e 40% homens.

Ótica e moda

A avaliação do empresário é que o mercado de óticas no Brasil é extremamente pulverizado e com muito espaço para inovação. “É um mercado pouco consolidado, o que significa oportunidade, e onde todo mundo faz tudo meio igual”, diz.

A proposta da ótica Chilli Beans é oferecer uma experiência mais ligada à moda e ao design, com dicas de qual tipo óculos combina mais com o formato do rosto e o tom de pele do cliente, por exemplo.

A lógica de lançamento de produtos também lembra a do setor de moda, com coleções novas toda semana e temas mensais – assim como acontece na Chilli Beans vermelha. No entanto, os temas de cada rede são diferentes, considerando os públicos distintos. “Na ótica, tivemos o tema dos poetas brasileiros, e queremos fazer um inspirado na arquitetura. Na Chilli Beans vermelha os temas são Harry Potter, Star Wars”, exemplifica.

A primeira ótica da Chilli Beans foi aberta em 2019, após 24 anos de atuação no ramo dos óculos de sol. Hoje as óticas já representam 15% do negócio. A meta é que, no futuro, a ótica responda por 50% do faturamento. Para sustentar esse crescimento, a empresa vai investir 25 milhões de reais em um laboratório de lentes para óculos de grau. O projeto está previsto para 2022 e 2023.

Expansão internacional

A Chilli Beans tem tido um crescimento expressivo, mesmo com as restrições impostas pela pandemia. A empresa vai fechar 2021 com 169 novas lojas, sendo 50 da marca Chilli Beans, e 113 da Ótica Chilli Beans. Para 2022, a meta é abrir 180 novas unidades no Brasil, sendo 60 da Chilli Beans e 120 da Ótica.

A empresa também acelerou sua expansão internacional na pandemia. “Começamos a ser procurados por pessoas que viam o nosso modelo e queriam investir”, afirma Maia. A Chilli Beans fechou recentemente contrato com a Hirmer, uma varejista de moda alemã, que prevê aberturas de lojas na Alemanha, Áustria, Luxemburgo e Suíça.

Em 2021 foram inauguradas mais seis unidades internacionais, na Índia, Uruguai, Paraguai, Panamá e Costa Rica, além de uma nova loja na Austrália. O crescimento internacional foi de 11% em 2021. A meta é crescer 20% nas lojas internacionais nos próximos 5 anos. A rede tem faturamento anual da ordem de 600 milhões de reais, e cerca de 900 lojas no total.

De 1 a 5, qual sua experiência de leitura na exame?
Sendo 1 a nota mais baixa e 5 a nota mais alta.

Seu feedback é muito importante para construir uma EXAME cada vez melhor.

Acompanhe tudo sobre:Capa do DiaChilli BeansEXAME-no-InstagramFranquiasÓculos

Mais de Negócios

De água potável e resgates a consultas médicas e abrigos: o papel das startups gaúchas na crise

Este grupo aposta em startups para manter a Amazônia em pé e reduzir o risco de desastres climáticos

MELHORES E MAIORES 2024: inscrições terminam nesta sexta, 10

Empresa de Israel compra startup paulista de R$ 150 milhões para fazer pessoas passearem de ônibus

Mais na Exame