Mundo

Taiwan pede armas aos EUA contra possível ataque chinês

Presidente do país pediu caças e submarinos como forma de garantir a segurança da ilha

Caça da Força Aérea americana: Taiwan quer apoio dos EUA (U.S. Air Force/Staff Sgt. Bennie J. Davis III/Wikimedia Commons)

Caça da Força Aérea americana: Taiwan quer apoio dos EUA (U.S. Air Force/Staff Sgt. Bennie J. Davis III/Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de março de 2011 às 11h28.

Taipé - O presidente do Taiwan, Ma Ying-Jeou, e legisladores do país pediram nesta terça-feira aos Estados Unidos que forneçam equipamentos bélicos, incluindo aviões F-16 C/D e submarinos, para se defender de um possível ataque chinês, durante encontros com um ex-funcionário americano.

"Assim o povo taiwanês se sentirá seguro e poderemos continuar os contatos com a China", disse Ma ao ex-subsecretário de Estado dos EUA Richard Armitage, que serviu no Governo de George W. Bush e está de visita à ilha até quarta-feira.

Ma agradeceu aos presidentes George W. Bush e Barack Obama por terem aprovado a venda de equipamentos militares ao Taiwan e afirmou que sua política em relação à China é manter a atual situação.

"Mais de 80% da população quer conservar a atual situação com a China", disse o presidente taiwanês.

Com relação ao ritmo do desenvolvimento dos contatos entre China e Taiwan, Ma assinalou que "não pensa em acelerá-los ou desacelerá-los".

Em seu encontro com legisladores, o ex-funcionário americano também escutou pedidos de maior compromisso militar americano com a segurança da ilha.

Armitage também se reuniu com a presidente do Conselho de Assuntos Chinês, Lai Shi-Yuan, e com a presidente do opositor Partido Democrata Progressista, Tsai Ing-Wen, possível candidata presidencial de seu partido para as eleições de 2012.

Tsai disse ao ex-subsecretário de Estado que "Taiwan e China buscariam interesses comuns para manter a estabilidade regional".

A dirigente independentista acrescentou que, embora haja muitas diferenças entre Taipé e Pequim, Taiwan sempre adotará medidas responsáveis para manter a paz e a estabilidade na região, e ressaltou que agora seu partido está bem preparado para governar.

Armitage chegou a Taiwan com uma delegação na qual se encontra o subsecretário adjunto de Assuntos do Pacífico e Leste da Ásia Randy Shriver.

A China não renunciou ao uso da força para evitar a independência formal de Taiwan.

As relações entre Pequim e Taipé melhoraram desde a chegada ao poder do presidente Ma, em maio de 2008, que adotou uma política de aproximação econômica e civil com a China, mas as diferenças políticas sobre a soberania ainda se mantêm.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaDiplomaciaTaiwan

Mais de Mundo

Bandeira invertida coloca Suprema Corte dos EUA em apuros

Primeiro-ministro eslovaco passa por nova cirurgia e segue em estado grave

Vaticano alerta contra episódios imaginários relacionados a milagres e aparições

Governo Biden quer reclassificar maconha como droga de menor risco

Mais na Exame