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EUA alertam China sobre uso de visita de presidente de Taiwan para elevar tensões

A presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, planeja fazer paradas em Nova York e Los Angeles nas próximas semanas

Tsai deverá desembarcar em Nova York na noite de 29 de março e partir para a América Central na noite de 31 de março (Lam Yik Fei/Getty Images)

Tsai deverá desembarcar em Nova York na noite de 29 de março e partir para a América Central na noite de 31 de março (Lam Yik Fei/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 21 de março de 2023 às 10h41.

O governo Biden pediu à China para não usar visitas planejadas da presidente de Taiwan aos EUA como pretexto para intensificar as tensões bilaterais, com o argumento de que a viagem é consistente com outras que ocorreram sem incidentes. A presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, planeja fazer paradas em Nova York e Los Angeles nas próximas semanas, durante viagens formais a Guatemala e Belize.

Essas paradas fazem parte da tensa coreografia diplomática relacionada a Taiwan e visam cumprir o compromisso dos EUA com Pequim de manter relações não oficiais com a ilha, permitindo, ao mesmo tempo que seus líderes se encontrem com apoiadores, incluindo membros do Congresso americano.

Tsai deverá desembarcar em Nova York na noite de 29 de março e partir para a América Central na noite de 31 de março, segundo informou sua porta-voz nesta terça-feira, 21. Na viagem de volta a presidente planeja fazer uma parada em Los Angeles na noite de 4 de abril, antes de retornar a Taiwan, dois dias depois.

Presidentes de Taiwan têm feito visitas de passagem por sucessivas administrações dos EUA, segundo comentou um alto funcionário do governo na segunda-feira, 20. Desde que se tornou presidente, em 2016, Tsai fez seis paradas do tipo até 2019, "sem incidentes e com reação mínima da China", disse o funcionário.

"Não vemos razão para Pequim transformar essas paradas, mais uma vez consistentes com a política de longa data dos EUA, em algo diferente do que é", disse o funcionário. "Elas devem ser usadas como pretexto para intensificar qualquer atividade agressiva ao redor do Estreito de Taiwan," acrescentou.

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