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China detecta substância cancerígena já encontrada em alimentos em Taiwan

Substância química DEHP é usada normalmente em plásticos e tem potencial cancerígeno

Essa é a primeira vez que se encontra o DEHP em produtos fabricados na China (Ed Jones/AFP)

Essa é a primeira vez que se encontra o DEHP em produtos fabricados na China (Ed Jones/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2011 às 07h55.

Pequim - As autoridades sanitárias da China detectaram em oito tipos de alimentos produzidos no país a substância química DEHP, potencialmente cancerígena, que nas últimas semanas já causou grande alarme na ilha de Taiwan, informa nesta segunda-feira o jornal independente "South China Morning Post".

A substância di(2-etilhexil)ftalato (DEHP) - utilizada normalmente em plásticos, mas que teria sido usada na indústria alimentícia para melhorar o aspecto externo dos produtos - foi encontrada em produtos fabricados por três fábricas da província de Cantão (sul da China) e uma em Zhejiang (leste), indicou a Agência Estatal de Alimentos e Remédios (AEAM) do país.

Entre os produtos envolvidos, figuram a amêndoa, o chá verde normal ou em pó, o óleo hidrogenado e de sésamo e algumas essências naturais, como de araçá.

Os produtos contaminados serão retirados do mercado, anunciou a AEAM, entidade responsável pela segurança alimentar na China, que realizou 6,1 mil análises de 15 tipos de produtos em 28 das 30 divisões administrativas da China.

Essa é a primeira vez que se encontra o DEHP em produtos fabricados na China. Em maio, ela foi detectada em produtos fabricados na ilha de Taiwan, o que levou as autoridades chinesas a suspenderem as importações de 948 tipos de bebidas, alimentos e aditivos alimentares taiuanesas suspeitos de contaminação.

O DEHP pode causar danos testiculares, renais, problemas de fertilidade e até mesmo câncer. As crianças são especialmente sensíveis à exposição a este material, segundo os especialistas.

Na ilha de Taiwan, a detecção da substância gerou o pior escândalo alimentar das últimas décadas no território, onde setores econômicos como o de bebidas se viram afetados e 286 toneladas de produtos contaminados foram destruídas.

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