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FipeZAP: Barueri ultrapassa São Paulo e tem aluguel mais caro de 2023

Índice de Locação Residencial mostra aceleração do aluguel em dezembro, com alta acumulada de 16% no ano passado

Vista aérea de Alphaville, em Barueri: cidade tem maior preço de m² para aluguel em 2023, segundo FipeZAP (Leila Melhado/Getty Images)

Vista aérea de Alphaville, em Barueri: cidade tem maior preço de m² para aluguel em 2023, segundo FipeZAP (Leila Melhado/Getty Images)

Beatriz Quesada
Beatriz Quesada

Repórter de Invest

Publicado em 16 de janeiro de 2024 às 14h21.

Última atualização em 16 de janeiro de 2024 às 14h22.

O Índice FipeZAP de Locação Residencial divulgado nesta terça-feira, 16, mostrou que a cidade de Barueri, na região metropolitana de São Paulo, ultrapassou a capital e registrou o preço do metro quadrado mais caro para aluguel em 2023

Entre as 25 cidades brasileiras analisadas, a cidade de Barueri se destacou principalmente pelo segmento de alto padrão em Alphaville, bairro nobre do município que dá nome também a condomínios de luxo erguidos na região.

Barueri ultrapassou o preço do metro quadrado da capital em setembro do ano passado, encerrando o ano cotado a R$ 59,06/m². São Paulo, por sua vez, tinha um preço médio do metro quadrado de R$ 51,62 em dezembro do ano passado.

“Esse crescimento pode ser atribuído ao investimento no segmento de luxo na cidade durante o período pandêmico, com uma influência significativa da região do Alphaville. A segmentação e o nicho desse mercado tendem a  contribuir para uma valorização mais acentuada em Barueri, ao contrário de São Paulo, que, dado o porte da capital , abrange diversos segmentos de mercado em diferentes bairros, resultando em choques menos pronunciados”, explicou Larissa Gonçalves, economista do DataZAP.

Veja abaixo a lista das 10 cidades com maior preço médio do aluguel por metro quadrado segundo o Índice FipeZAP de Locação Residencial:

Aluguel vai continuar subindo em 2024?

Apesar da alta nos preços em 2023, a expectativa é de desaceleração nos preços dos aluguéis este ano. Isso porque os fatores que vinham dando força aos preços – como juros e inflação altos – estão perdendo força. 

“A inflação, por exemplo, segue controlada, o que reduz os valores de repasse. O mercado de trabalho, que se recuperava após período pandêmico, não deve apresentar taxas na mesma magnitude e deve apresentar uma maior estabilidade”, avaliou Gonçalves. Soma-se a isso a expectativa de continuidade nos cortes da taxa básica de juros, a Selic.

Não significa, no entanto, que o aluguel deve deixar de subir este ano. Os preços devem continuar para cima, só que em um ritmo mais brando. “O mercado de locação provavelmente deve apresentar taxas positivas de crescimento. O cenário não significa uma redução dos preços, mas sim uma elevação das taxas a um nível inferior às apresentadas no ano passado”, conclui.

Metodologia do Índice FipeZAP de Locação Residencial

O Índice FipeZAP de Locação Residencial avalia os preços de locação residencial em 25 cidades brasileiras.  Os preços considerados se referem a anúncios para novos aluguéis. 

O índice não incorpora em seu cálculo a correção dos aluguéis vigentes, cujos valores são reajustados periodicamente de acordo com o especificado em contrato. Segundo o FipeZAP, isso permite que o índice capte de forma mais dinâmica a evolução da oferta e da demanda por moradia ao longo do tempo.

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