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Falta de estratégia do governo gera mais ruído que sinal no mercado, diz Verde

Em carta divulgada, gestora comenta sobre as afirmações do presidente Lula relacionadas a meta de déficit público para 2024

Luis Stuhlberger: "A falta de estratégia do governo muitas vezes assusta" (Germano Lüders/Exame)

Luis Stuhlberger: "A falta de estratégia do governo muitas vezes assusta" (Germano Lüders/Exame)

Karla Mamona
Karla Mamona

Editora de Finanças

Publicado em 10 de novembro de 2023 às 17h48.

Verde, de Luis Stuhlberger, afirmou por meio de carta divulgada nesta sexta-feira, 10, que a falta de estratégia do governo gera mais ruído que sinal no mercado. Segundo a gestora, isso tem sido a ‘tônica ao longo do ano’. 

“O Brasil, cujo mercado tinha acalmado, teve renovado choque em 27 de outubro, quando o presidente resolveu trazer a público suas frustrações com a meta de déficit público do arcabouço para 2024. A falta de estratégia do governo muitas vezes assusta, mas como tem sido a tônica ao longo do ano, gera mais ruído do que propriamente sinal.”

A gestora também comenta na carta sobre o mercado externo e afirma que a volatilidade causada pelas fortes altas na curva de juros americana dominou boa parte do mês de outubro, com impactos em todas as classes de ativo. Entretanto, afirma que nos últimos dias do mês o processo se esgotou e já é possível ver os primeiros sinais de reversão. “Como comentado em nossa última carta, a pujança do crescimento americano no terceiro trimestre explicava parte importante do movimento, e agora começamos a ver evidências que tal crescimento não deve se sustentar, inclusive no mercado de trabalho.”

Além disso, a Verde destacou que o Federal Reserve (banco central americano) reconheceu que o aperto das condições financeiras recente reduz a necessidade de novas altas pela autoridade monetária.

Como a Verde tem investido?

Para a Verde, a voltalidade no mês passado trouxe oportunidades especialmente no mercado de renda fixa. A estratégia do fundo foi aumentar a exposição em ações, especialmente, na parcela global. Além disso, também aumentou a posição aplicada em juros reais.

Já no mercado global, o fundo reduziu as posições tomadas no Japão e iniciou posições aplicadas na parte longa da curva nos EUA.  Em relação as investimentos em moedas, o fundo está zerado em dólar contra o real e mantém posição comprada na Rúpia Indiana contra o Renminbi Chinês, além disso, aumentou a posição no Peso Mexicano contra o Euro.

“Continuamos com pequena alocação em petróleo. As exposições em crédito high yield local foram reduzidas com a maturação de alguns investimentos, e em crédito global foram mantidas.”

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