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Pesquisa projeta estabilidade na taxa de inadimplência até o final do ano; entenda

Projeção é de uma taxa de 5,94% em novembro, enquanto dezembro deve fechar com uma taxa de 5,96%.

Inadimplência: taxa se mantém estável, segundo pesquisa (Rmcarvalho/Getty Images)

Inadimplência: taxa se mantém estável, segundo pesquisa (Rmcarvalho/Getty Images)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 15 de novembro de 2023 às 10h00.

Última atualização em 16 de novembro de 2023 às 11h08.

Uma pesquisa realizada pela Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) em parceria com a FIA Business School mostrou que até o final de 2023, a taxa de inadimplência deve se manter estável. Para novembro, a projeção é de uma taxa em 5,94%, enquanto dezembro deve fechar com uma taxa em 5,96%.

Ao analisar a inadimplência de recursos livres, ou seja, o percentual da carteira de crédito do Sistema Financeiro Nacional com pelo menos uma parcela com atraso superior a 90 dias, que exclui as linhas de crédito como empréstimo da casa própria, compra de carro e consignado, é possível observar que de junho a setembro a taxa recuou 0,7 p.p. (pontos percentuais).

Para Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Ibevar e professor da FIA Business School, essa redução se deve, principalmente, aos efeitos do recuo da inflação. “Tomemos a inflação acumulada tendo como referência o mês de outubro. Em 2021, a inflação foi de 10,6%. Em 2022, foi de 6,5%. Já em 2023, foi de 4,8%. Essa queda está associada de modo prioritário à política de majoração da taxa de juros básica promovida pelo Banco Central a partir de janeiro de 2021”, afirma.

Mesmo com Black Friday, projeções são otimistas

Novembro é marcado pela Black Friday, seguida, em dezembro, pelas festas de final de ano, como Natal e Réveillon, além de férias. Esses eventos são comumente conhecidos pelo alto consumo. Contudo, apesar disso, a pesquisa mostra uma taxa de inadimplência estável.

Na explicação de Angelo, ao mesmo tempo que há um período de consumo, também há um volume maior de recursos, como décimo terceiro salário, participação em lucros e resultados, bônus, entre outros benefícios. Contudo, no início do ano, a taxa poderá voltar a subir.

“De modo geral, há uma tendência de aumento no começo do ano. Ou seja, além dos reflexos postergados das despesas de fim de ano, há também despesas concentradas como impostos e material escolar. Acrescentando, também, uma tendência a uma maior pressão da inflação vinda principalmente do setor de serviços”, finaliza.

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