Economia

Setor de serviços do Brasil cresce pela 1ª vez em 6 meses

O índice PMI subiu em junho a 53,9, de 48,3 em maio, ultrapassando a marca de 50, que separa crescimento de contração

Centro de São Paulo: com a reabertura do comércio depois do primeiro pico de contaminação, aglomerações foram registradas (Amanda Perobelli/Reuters)

Centro de São Paulo: com a reabertura do comércio depois do primeiro pico de contaminação, aglomerações foram registradas (Amanda Perobelli/Reuters)

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Reuters

Publicado em 5 de julho de 2021 às 11h12.

O forte aumento de novos trabalhos ajudou o setor de serviços do Brasil a crescer em junho pela primeira vez em seis meses e no ritmo mais forte em quase oito anos e meio, com contratação de funcionários, mostrou nesta segunda-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).

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A IHS Markit informou que seu índice PMI subiu em junho a 53,9, de 48,3 em maio, ultrapassando a marca de 50, que separa crescimento de contração.

Foi a primeira vez que o PMI do setor de serviços, altamente afetado pelas medidas de contenção da Covid-19, ficou em território de expansão no ano, registrando o ritmo mais forte desde janeiro de 2013.

"As empresas de serviços registraram a alta mensal mais forte da atividade em quase oito anos e meio, e houve novo aumento no emprego já que muitas empresas buscaram substituir trabalhadores que haviam sido dispensados mais cedo no ano", destacou a diretora associada de Economia da IHS Markit, Pollyanna De Lima.

"Algumas empresas esperam que, conforme mais pessoas sejam imunizadas... a pandemia recue e as restrições sejam totalmente retiradas. (Mas) a pandemia está longe de acabar, no Brasil e em outros lugares, com o surgimento de novas variantes e falta de vacinas em muitos países provocando dúvidas sobre a sustentabilidade da recuperação econômica do Brasil", alertou ela.

Segundo os entrevistados, o avanço do índice se deu pela melhora da demanda por causa da suspensão de algumas restrições adotadas contra o coronavírus, além do andamento do programa de vacinação.

As empresas indicaram entrada recorde de novos trabalhos do exterior, com o número de participantes que informaram vendas externas mais altas chegando ao dobro daqueles que apontaram redução.

Com isso, as novas encomendas totais aumentaram pelo segundo mês seguido e no ritmo mais forte desde janeiro de 2020.

Tanto em relação à produção quanto às novas encomendas o destaque em junho foi a categoria de Transporte e Armazenamento.

Em linha com o crescimento da demanda, as empresas fornecedoras de serviços do Brasil contrataram mais funcionários em junho, e o aumento das vagas foi o mais forte desde janeiro de 2020, encerrando um período de seis meses de cortes.

As expectativas de que as restrições para combater a Covid-19 serão ainda mais relaxadas conforme a vacinação avança e a pandemia recua levaram o nível geral de confiança do setor de serviços a uma máxima de seis meses em junho. Entretanto, ele permanece abaixo da média de longo prazo.

O ponto negativo foi o aumento dos custos de insumos, que acelerou em relação a maio, destacadamente de preços de alimentos, combustíveis, equipamentos de proteção pessoal e de serviços públicos.

Parte disso foi repassado aos clientes, resultando no oitavo mês seguido de alta dos preços cobrados, com a taxa de inflação ficando atrás somente daquelas vistas em setembro e outubro de 2015.

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