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O número de pessoas que desistiram de procurar emprego aumentou para 4,83 milhões, segundo dados divulgado pelo IBGE

Desemprego: dados mostram que no 2º trimestre, faltava trabalho para 27,636 milhões de pessoas no país (Reinaldo Canato/VEJA)

Desemprego: dados mostram que no 2º trimestre, faltava trabalho para 27,636 milhões de pessoas no país (Reinaldo Canato/VEJA)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 17 de agosto de 2018 às 06h59.

Última atualização em 17 de agosto de 2018 às 08h16.

Falta trabalho para 27 milhões

O número de pessoas que desistiram de procurar emprego aumentou para 4,83 milhões de pessoas, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado, o maior da série histórica desde o início da pesquisa em 2012, significa quase 200.000 novos desalentados em apenas um trimestre. No primeiro trimestre deste ano, o país tinha 4,63 milhões de pessoas em situação de desalento. Dados da pesquisa mostram que a taxa composta de subutilização da força de trabalho teve ligeiro recuo de 24,7% no primeiro trimestre de 2018 para 24,6% no segundo trimestre do ano, o que significa dizer que faltava trabalho para 27,636 milhões de pessoas no país no segundo trimestre. O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas estariam disponíveis para trabalhar.

Dodge pede pressa

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, entrou, nesta quinta-feira (16), com um novo pedido no processo de registro de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como candidato à Presidência da República. Dodge pede que o prazo de sete dias para a manifestação da defesa contra a impugnação (questionamento) do pedido de registro seja adiantado e passe a contar a partir desta quinta-feira, numa tentativa de acelerar o julgamento. Nesta quarta, menos de uma hora depois de o ministro Luís Roberto Barroso ter sido sorteado relator do pedido de registro, Raquel Dodge, que é também a procuradora-geral eleitoral, entrou com a impugnação, argumentando que Lula está inelegível de acordo com os critérios da Lei da Ficha Limpa. Nesta quinta, o advogado de Lula no TSE, Luiz Fernando Casagrande Pereira, ironizou a celeridade de Dodge em impugnar o pedido de registro da candidatura. “A gente não tinha visto a Procuradoria ser tão rápida até hoje, né? Mas o advogado nunca pode reclamar contra a celeridade do Judiciário, a gente só acha que quem sabe se houvesse essa rapidez em todos os casos, o estoque de processos do Brasil estaria zerado”, disse. Na teoria, seria necessário aguardar que o TSE publicasse, no prazo de cinco dias, o edital com todos os pedidos de registro, somente após o qual seriam recebidas as impugnações. A PGR se adiantou ao processo. A Justiça Eleitoral tem até o dia 17 de setembro para deferir ou indeferir todos os registros de candidatura, prazo final também para que candidatos sejam substituídos pelos partidos.

Não só ela

Outras três impugnações contra a candidatura de Lula foram protocoladas nesta quinta-feira no TSE. O candidato do PSL ao Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro, e sua coligação foram os últimos a pedir que a candidatura do ex-presidente seja rejeitada com base na Lei da Ficha Limpa. Esta é a primeira vez que um dos 13 candidatos ao Palácio do Planalto decide contestar a candidatura de Lula na Corte Eleitoral. Também entraram com pedidos os candidatos a deputado federal Kim Kataguiri, do DEM, que é ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL) e o ator Alexandre Frota, candidato pelo PSL. Os pedidos de Kataguiri e Frota foram protocolados antes de o pedido de registro de Lula ter sido incluído no sistema do TSE e, assim, foram distribuídos a outro relator, o ministro Admar Gonzaga. Em seguida, o PT entrou então com uma petição no TSE, colocando em dúvida o fato de as impugnações de Frota e Kataguiri terem sido distribuídas a Gonzaga, e não a Barroso.

Quem fica com o que

O vice-presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso encaminhou, nesta quinta, uma consulta à ministra Rosa Weber, presidente da Corte, questionando quem deve ficar com a relatoria do pedido de registro da candidatura de Lula. Agora, caberá a Weber definir quem deve ser o relator do pedido de registro. Barroso afirmou que o TSE “fará o que é certo”. O PT questionou o TSE sobre o sorteio eletrônico que distribuiu a relatoria do registro do ex-presidente a Barroso. O partido defende que os casos devem ficar com o ministro Admar Gonzaga, que recebeu pedidos de impugnação contra a candidatura do petista. Mas, como o pedido de registro caiu nas mãos de Barroso, Gonzaga pode decidir se mantém os pedidos de impugnação com ele ou se repassa ao vice-presidente da Corte.

Desastre na agricultura brasileira

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou que uma eventual proibição definitiva do uso de glifosato no Brasil seria um “desastre” para a agricultura do país. Em evento no Rio de Janeiro, Maggi disse que, apesar de estar preocupado, confia na cassação da decisão judicial proferida no início deste mês suspendendo o registro do glifosato, um agroquímico usado há décadas no mundo. Segundo ele, as críticas ao herbicida soam como “lenda urbana”, e sua suspensão podem causar uma “desobediência civil”. No início do mês, a Justiça determinou a suspensão do registro de todos os produtos que utilizam o glifosato e outras substâncias até que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) conclua os procedimentos de reavaliação toxicológica. Segundo a decisão, uma reavaliação toxicológica deve ser feito num prazo de 180 dias, uma vez que alguns dos herbicidas utilizados “se configura abuso de direito e são desproporcionais quanto o direito à saúde e ao desenvolvimento sustentável”.

Começou

O grupo farmacêutico alemão Bayer anunciou nesta quinta-feira que iniciará a fase de integração da gigante americana dos OGM (organismos geneticamente modificados) e sementes, Monsanto, depois da venda formal de parte de suas atividades agroquímicas à Basf. “A integração da Monsanto ao grupo Bayer já pode começar”, indicou a empresa. Isso acontece em um contexto de problemas judiciais para a Monsanto, e de dúvida dos investidores sobre a importância para a Bayer desta união de 66 bilhões de dólares. Um tribunal de San Francisco condenou a Monsanto a pagar quase 290 milhões de dólares de indenização a Dewayne Johnson, um jardineiro americano que afirma que os produtos da Monsanto, especialmente o Roundup que usou durante anos, causaram a ele um câncer e que a multinacional ocultou a sua periculosidade. A aquisição pela Bayer da Monsanto, a maior já realizada por uma companhia alemã no exterior, foi anunciada em junho passado, fazendo a gigante alemã virar a líder mundial das sementes, fertilizantes e pesticidas.

Maduro condenado

O Supremo Tribunal venezuelano em exílio condenou o presidente do país, Nicolás Maduro, a 18 anos de prisão, por um suposto envolvimento no caso de corrupção com a empreiteira Odebrecht. A Corte liderada pela oposição é formada por 13 magistrados e 20 suplentes exilados na Colômbia, Chile, EUA e Panamá, e foram nomeados pela Assembleia Nacional para corrigir supostas irregularidades na designação de juízes do TSJ (Tribunal Supremo de Justiça). Segundo o Tribunal, Maduro está envolvido com casos de lavagem de dinheiro e corrupção, e deve ser levado ao centro de detenção de Ramo Verde, no estado venezuelano de Miranda.

Sala de operações destruída

O Iraque realizou um ataque aéreo contra uma base do grupo terrorista Estado Islâmico (EI), nesta quinta-feira. A base, conhecida como a “sala de operações” do grupo, se localizada na Síria. Segundo militares iraquianos, os membros do EI planejavam ataques além da fronteira. As forças militares iraquianas realizaram diversos ataques aéreos contra o Estado Islâmico na Síria desde o ano passado, com a aprovação do presidente sírio, Bashar al-Assad, e a coalizão liderada pelos Estados Unidos lutando contra os militantes. O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, declarou a vitória final sobre o Estado Islâmico em dezembro, mas o país ainda abriga membros do grupo, que operam na fronteira da Síria e em uma região montanhosa no nordeste do Iraque.

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