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A Apple virou um problema para apps como Facebook e Snap

A gigante dona do iPhone vem dificultando a vida de aplicativos como Facebook e Snapchat desde que implementou uma nova política de privacidade

Nova política de privacidade da Apple: regras dificultam a venda de anúncios em plataformas como Facebook (Foto/Reprodução)

Nova política de privacidade da Apple: regras dificultam a venda de anúncios em plataformas como Facebook (Foto/Reprodução)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 22 de outubro de 2021 às 11h11.

Última atualização em 22 de outubro de 2021 às 14h43.

A Apple se tornou uma pedra no sapato das redes sociais. A gigante dona do iPhone vem dificultando a vida de aplicativos como Facebook e Snapchat desde que implementou uma nova política de privacidade, em abril.

Pelas novas regras, as empresas agora precisam perguntar aos usuários se eles querem ter seus dados rastreados por aplicativos. E muita gente decidiu não permitir o rastreamento. Com isso, a quantidade de dados sobre essas pessoas diminui, o que já está dificultando a oferta de anúncios a esses consumidores, de acordo com reportagem do Wall Street Journal.

Na terça-feira, o Snap, dono do Snapchat, citou a nova política da Apple como um dos motivos para uma possível desaceleração de seu crescimento. O Facebook também pode ter seus resultados afetados. A empresa de Zuckerberg critica a nova política da Apple e afirma que o sistema prejudica principalmente pequenos negócios.

Segundo executivos ouvidos pelo Wall Street Journal, os anunciantes já estão tendo dificuldade em chegar ao consumidor de forma mais efetiva. Com isso, o preço dos anúncios também cresceu. Já entidades como a Electronic Frontier Foundation comemoraram a mudança.

No entanto, as novas regras podem não ser motivadas apenas por uma preocupação com a transparência com o consumidor. Outra reportagem do Wall Street Journal afirma que os anunciantes que quiserem vender para usuários do iPhone podem conseguir vantagens se comprarem espaço no serviço de anúncios da Apple. A empresa nega que esteja favorecendo seus próprios produtos.

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