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Com exportação para China, JBS investe R$ 150 milhões e duplica capacidade em frigorífico no MS

Em evento com o presidente Lula, empresa anuncia os investimentos, que devem gerar 2,3 mil novos empregos

Luciano Pádua
Luciano Pádua

Editor de Macroeconomia

Publicado em 12 de abril de 2024 às 12h25.

Última atualização em 12 de abril de 2024 às 16h31.

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A processadora de alimentos JBS informou nesta sexta-feira, 12, que investirá R$ 150 milhões na unidade Campo Grande II, em Mato Grosso do Sul, para duplicar a capacidade de processamento e força de trabalho da planta. Com isso, a unidade se tornará a maior planta de carne bovina da América Latina e uma das três maiores da empresa no mundo, segundo a companhia.

Leia mais: 38 frigoríficos recém-habilitados pela China devem incrementar R$ 10 bi à balança brasileira

A unidade Campo Grande II da JBS foi uma das 38 habilitadas pelo governo chinês, em 12 de março passado, para exportar carne bovina ao gigante asiático. Segundo a JBS, em um ano, o volume processado diariamente na fábrica passe de 2,2 mil para 4,4 mil animais e o número de colaboradores vai saltar de 2,3 mil para 4,6 mil.

“Essas 38 habilitações para a China significam um passo gigantesco para o agronegócio brasileiro. Significam crescimento, geração de emprego e renda. Para indústria, para o campo, para as pessoas, para o comércio, para cidades”, afirmou Gilberto Tomazoni, CEO global da JBS. “Operamos em muitos países ao redor do mundo e nenhum deles é hoje tão atrativo quanto o Brasil para se investir no agronegócio.”

Construída em 2007 e adquirida pela JBS em 2010, a unidade conta hoje com 2,3 mil colaboradores e produz, todos os dias, 440 toneladas de carne e 136 toneladas de hambúrgueres (ou 2,4 milhões de unidades), informa a empresa. "Além da China, a fábrica pode exportar para Estados Unidos, Argélia, Egito, Emirados Árabes Unidos, Argentina, União Europeia e Chile, entre outros", diz a companhia em nota.

O anúncio ocorre durante evento que marca o primeiro embarque de carne bovina dessa fábrica para a China, do qual participaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, a ministra das Mulheres, Aparecida Gonçalves, e o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel.

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Carne bovina: expandindo o mercado na China

Atualmente, o Brasil conta com 144 frigoríficos aptos para exportar para a China, maior mercado comprador da carne nacional e que se expandiu vertiginosamente nos últimos cinco anos.

No Mato Grosso do Sul, a quantidade de unidades triplicou para nove fábricas aptas — estado que mais teve novas habilitações entre todas as unidades da federação no anúncio do mês passado.

Com as liberações, as unidades de produção de bovinos de Mato Grosso do Sul agora podem embarcar por um volume equivalente a 2,3 milhões de animais, acréscimo de 1,87 milhão. Antes, o número de exportação para a China alcançava um número equivalente a, no máximo, 467 mil cabeças. Considerando o share de processamento no estado, o potencial de embarque para a China subiu de 11,4% para 57,1%.

O Ministério da Agricultura estima que a habilitação dos 38 novos frigoríficos autorizados a exportar para a China deve resultar em incremento de R$ 10 bilhões à balança comercial brasileira por ano.

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