Tecnologia

Pequenos provedores de internet elegem Wi-Fi como arma

Segundo jornal americano The New York Times, tecnologia é tábua de salvação para combater gigantes de telefonia nos Estados Unidos. Mas gigantes como o Google já pensam em oferecer acesso Wi-Fi gratuito

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h44.

Pequenos provedores de internet nos Estados Unidos estão desesperadamente buscando novos meios para cativar consumidores, diante do predomínio de telefônicas e companhias de cabo no mercado de acesso residencial por banda larga. A salvação pode ser a tecnologia de acesso wireless à internet, que dispensa a construção de dispendiosas redes subterrâneas.

Segundo o jornal americano The New York Times, o melhor exemplo é a EarthLink, outrora líder no acesso discado à internet. A companhia anunciou na semana passada que o número de clientes dial-up caiu 8% no terceiro trimestre na comparação com mesmo período do ano passado. Para compensar, neste mês a companhia ganhou a concessão do serviço de internet Wi-Fi para as cidades de Filadélfia e Anaheim (Califórnia).

Para Donald B. Berryman, presidente da nova divisão da EarthLink dedicada a redes Wi-Fi municipais, além dos baixos custos para levantar a infra-estrutura necessária, os preços ao consumidor tanto do equipamento quanto da instalação está caindo rapidamente.

A EarthLink vai cobrir os 350 quilômetros quadrados da área metropolitana de Filadélfia investindo 10 milhões de dólares em infra-estrutura, comparados a centenas de milhões de dólares necessários para espalhar cabos de cobre ou fibra ótica, indispensáveis a uma rede convencional de banda larga.

Junto com a EarthLink, muitos pequenos players estão apostando em contratos de concessão de serviços Wi-Fi em grandes cidades como Minneapolis e Nova York. Para os governos municipais, é interessante atrair alternativas às companhias telefôncias e de cabo, dando acesso à internet para sua população de menor renda. O serviço da Earthlink na Filadélfia vai custar 20 dólares por mês. Residentes de baixa renda, cadastrados pela prefeitura, vão pagar 10 dólares.

A onda Wi-Fi, contudo, não se limita a pequenas empresas. O Google considera levantar uma rede Wi-Fi gratuita em São Francisco. Suas receitas viriam da venda de anúncios direcionados aos usuários do serviço.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Tecnologia

Governo quer maior transparência na propaganda política das redes sociais

Uso de celulares é restrito em 64% das escolas de ensino fundamental e médio, aponta pesquisa

O plano da Uber de ter anúncios no app deu certo e já rende mais de US$ 1 bilhão em receita

Google é classificado como 'monopólio' por Justiça nos EUA

Mais na Exame