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Veja se seu negócio está pronto para ser levado ao exterior

Muitos aspectos devem ser analisados antes de se ir em frente com a decisão de expandir sua empresa para outros países.

Mapa: confira a lista abaixo para ver se sua empresa está preparada para respirar novos ares (Thinkstock)
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Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2015 às 12h52.

O que considerar antes de levar seu negócio para o exterior?
Escrito por Vinicius Montanari, especialista em impostos e consultoria empresarial

A sua empresa cresceu , consolidou-se e você tem um produto ou serviço com uma excelente aceitação no mercado local. Agora, você pensa em expandir os seus negócios para o exterior.

Muitos aspectos devem ser analisados antes de se ir em frente com essa decisão, mas acredito que os mais importantes podem ser assim ordenados:

1. Conheça o seu mercado alvo

Vá conhecer como está estruturado o mercado e a tecnologia de seus produtos no exterior. Uma excelente oportunidade são as feiras. Nelas você pode conhecer os seus concorrentes, preços praticados pela concorrência, potenciais mercados e clientes. Se você já tiver clientes no exterior, aproveite para visitá-los e coletar dados que possam lhe ajudar a estruturar o seu projeto.

A contratação de uma empresa de pesquisa de mercado no exterior pode custar muito, assim, busque nos órgãos governamentais, federações ou associações de indústrias, dados da produção local.

2. Pensar global, agir localmente

A frase acima é muito utilizada e é muito sábia. É fundamental conhecer as características e especificidades de cada mercado alvo, a legislação aplicável, as normas de segurança, sanitárias, regulatórias, certificações internacionais requeridas etc.

Aspectos da cultura local ainda podem exigir mudanças radicais na formulação ou na apresentação de seus produtos.

3. Desenvolver por conta própria, contratar um distribuidor local, associar-se a uma concorrente local, ou comprar uma empresa no exterior?

A avaliação da melhor forma de carimbar o passaporte de seus produtos no exterior depende muito de seu apetite e possibilidades.
As alternativas, como listadas no título acima, são várias. Aconselho a contratação de consultoria especializada para desenvolver business plans que possam indicar alternativas e estratégias adequadas ao seu perfil (exportar direto, via representante, produzir total ou parcial no mercado de destino etc.).

Sugiro que você seja conservador. Cresça seu apetite na medida em que as exportações por meios mais simples sejam incrementadas.
Iniciar com a contratação de representantes no mercado alvo ou com a ajuda de uma trading company pode acelerar o aprendizado e a sua entrada no mercado externo.

4. Outros aspectos importantes da internacionalização

Superadas as etapas acima, você deve estar preparado para, de forma resumida:

- Lidar com o idioma do país de destino e, minimamente, o inglês: rótulos, embalagens, site e em outros materiais promocionais;
- Contratar pessoas especializadas em comércio internacional;
- Adotar medidas que mitiguem riscos de crédito. Exija: pagamento antecipado, cartas de crédito ou seguro de crédito;
- Verificar a existência de barreiras aduaneiras;
- Levantar as melhores alternativas de custos logísticos;
- Levantar a disponibilidade de mão de obra qualificada e a existência de todos os recursos necessários à cadeia produtiva de seus produtos (matérias-primas, energia elétrica, infraestrutura etc., e seus correspondentes custos).

Antes de levar ou expandir os seus negócios para o exterior, é fundamental analisar todos os aspectos relacionados ao tratamento tributário das operações, de acordo com as legislações no Brasil e no Exterior.

Algumas questões são determinantes e podem impactar ou mudar completamente a estruturação do negócio:

- A empresa domiciliada no exterior será controlada por uma empresa domiciliada no Brasil? Foram analisadas as vantagens do acionista, pessoa física ser o proprietário da empresa?
- O acionista, pessoa física, da empresa domiciliada no exterior vai permanecer na condição de residente brasileiro?
- Os lucros auferidos no exterior serão repatriados para o Brasil? Quando isso ocorrerá?
- Serão realizadas operações intercompany? Foram analisados os aspectos relacionados às regras de Transfer Price, vigentes no Brasil e no exterior?
- Foram analisados os eventuais acordos para evitar a bitributação, ou a reciprocidade tributária entre os países? Os eventuais tributos pagos no exterior serão passíveis de compensação no Brasil?
- Serão expatriados funcionários? Por quanto tempo?

Para demonstrar um pouco desta complexidade, destacamos alguns aspectos:

- Dependendo do número de dias ausente do Brasil a pessoa física pode ser considerada residente e estará sujeita ao pagamento de tributos no exterior;
- O acionista, pessoa física, residente no Brasil que auferir lucros por meio de suas empresas domiciliadas no exterior, em geral, tributam o IR somente quando trazem os recursos (lucros) para o Brasil; mas, cuidado, há exceções;
- A empresa domiciliada no Brasil que controlar uma empresa no exterior, em geral, deve tributar anualmente no Brasil o lucro auferido no exterior, independente de repatriar ou não esses lucros. Neste caso, a empresa brasileira não pode ser optante pelo Lucro Presumido ou Simples Nacional;
- Existem diversos métodos de "Transfer Price" e no Brasil a sua empresa pode optar pelo mais vantajoso, mas esse será um procedimento obrigatório para sua empresa.
- O tema é extremamente complexo e precisa ser analisado por um especialista de cada país, ou por empresas de consultoria globais, que podem oferecer estudos estruturados. Não incorra no risco de realizar um excelente planejamento na ótica brasileira, sem levar em consideração os aspectos tributários e regulatórios dos outros países.

A APEX - Agência de Promoção de Exportações (www.apex.gov.br) também pode lhe ajudar nesse processo e ainda disponibilizar recursos. Go ahead and good luck!

Vinicius Montanari é sócio da PP&C Auditores Independentes.

São Paulo – Começar uma empresa é sempre um desafio, e quem se aventura por esse caminho está inevitavelmente sujeito a cometer erros – especialmente se é um empreendedor de primeira viagem. Uma forma de errar menos, no entanto, é tentar aprender com os erros dos outros. A rede social Quora é um bom lugar para isso. Ela funciona como um Yahoo! Respostas melhorado e tem perguntas de todos os tipos, dentre elas esta aqui: Quais são os erros mais comuns cometidos por empreendedores de primeira viagem? A questão teve mais de cem respostas ( veja aqui, em inglês ), algumas delas feitas por CEOs e empreendedores de sucesso. Os melhores comentários foram selecionados pelo site Business Insider com o objetivo de ajudar quem está começando. Navegue pelas fotos acima e veja quais são os principais erros cometidos por empreendedores inexperientes.
  • 2. Acreditar nas próprias desculpas

    2 /13(Thinkstock)

  • Veja também

    “Se você não for totalmente honesto consigo mesmo, não conseguirá tomar boas decisões para de fato melhorar sua empresa. Você vai se esconder por trás de desculpas para si mesmo, explicando por que você precisa continuar fazendo o resto das coisas que estão na sua lista. Você não pode acreditar em todas as histórias que conta para si mesmo. É preciso ter uma dose saudável de ceticismo (o que não é o mesmo que duvidar de si mesmo) para conseguir de fato progredir.” Lucas Carlson, ex-executivo da CenturyLink.
  • 3. Entrar no mundo do empreendedorismo pelos motivos errados

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  • “Você pode se tornar um empreendedor porque sente que é o que deve fazer. Mas, se você é um daqueles que entrou nesse jogo pelas razões erradas (por exemplo: ‘Meu amigo conseguiu, então eu consigo também’), então mais cedo ou mais tarde você terá problemas.” Rajesh Setty, co-fundador de diversas startups nos Estados Unidos e na Índia.
  • 4. Não ficar ligado no balanço financeiro

    4 /13(Rawpixel Ltd/Thinkstock)

    "Isso acontece mais do que você imagina. Você pode ficar sem dinheiro mesmo se tiver receita e lucro. Fique atento.” Murli Ravi, investidor e empreendedor.
  • 5. Não proteger sua propriedade intelectual

    5 /13(Yuri Yu. Samoilov/Flickr)

    “É de extrema importância para um novo negócio proteger sua propriedade intelectual, incluindo patentes, marcas e direitos autorais. Se a concorrência patentear seu produto ou serviço, o que pode acontecer, seu negócio pode ser obrigado a pagar taxas ou ainda ficar proibido de vender, o que pode ser fatal para uma empresa em fase inicial.” Jeff Nelson, criador do Chromebook (sistema do Google) e empreendedor.
  • 6. Controlar demais

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    “Acho que o maior erro de empreendedores de primeira viagem que tiveram sucesso é que eles controlam tudo por muito tempo. Deixe acontecer. Deixe sua equipe fazer o trabalho dela, ajude-a, mas deixe acontecer e confie nela para fazer o trabalho.” Jason M. Lemkin, empreendedor, criador do EchoSign.
  • 7. Não dar atenção suficiente às vendas

    7 /13(Pixland/Thinkstock)

    “Nós somos, em primeiro lugar, uma empresa de tecnologia focada em produtos. Se eu consigo um minuto extra no meu dia, eu sempre tendo a usá-lo trabalhando pelo produto. Como resultado, no início da empresa nós gastamos muito tempo pensando no produto em vez de sair do escritório e vender. Minha lentidão em vender teve impactos sérios, nós deveríamos ter feito muito mais dinheiro antes do que de fato conseguimos.” Anand Sanwal, co-fundador da CB Insights.
  • 8. Não perceber a importância do fluxo de caixa

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    “Você precisa ter uma previsão de fluxo de caixa para sobreviver. Fique atento ao seu dinheiro e segure-o, porque ‘o fluxo de caixa é mais importante que a sua mãe.’” Peter Baskerville, já foi dono de mais de 30 pequenos negócios.
  • 9. Não ter engajamento do cliente

    9 /13(Thinkstock)

    “Seu cliente deve amar seu produto, caso contrário você realmente tem um problema. Se ele não ama, você precisa descobrir por quê. O único jeito de fazer isso é realmente ouvir suas necessidades e responder a elas. Certifique-se de que você está conectado aos seus clientes diariamente.” Brian de Haaff, CEO do Aha!.
  • 10. Confiar em seus relatórios otimistas

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    “Nada está sempre bem. As coisas estão sempre dando errado. Isso não é necessariamente uma coisa ruim. Frustrante sim, mas não ruim. Em geral, quer dizer que você está crescendo. (Nós dizemos: ‘Fique feliz, as coisas estão dando errado. Estamos crescendo!’).” Greg Tapper, empreendedor do Vale do Silício.
  • 11. Desenvolver demais

    11 /13(Sergey Nivens/Thinkstock)

    “A primeira visão que as pessoas têm de seu próprio produto é sempre a de uma Masserati. E em geral elas não têm ideia de como chegar lá e do que precisa ser feito. Eu sempre encorajo quem está começando a desenvolver um produto minimamente viável. Em muitos casos, desenvolver demais pode ser desastroso. Primeiro porque demora demais. Segundo porque custa muito caro, e em geral empreendedores de primeira viagem não têm nem o dinheiro nem a equipe para desenvolver algo assim. Terceiro, elas em geral desenvolvem o produto errado. Algo que não atende de fato a nenhuma necessidade e que leva algumas tentativas para funcionar.” Pek Pongpaet, criador do site Pictacular.co.
  • 12. Quer abrir um negócio? Veja essas ideias

    12 /13(Thinkstock)

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