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Contours cresce na cola da concorrência

Fundador da rede de academia de ginástica para mulheres fala dos desafios de expandir um negócio que surgiu na cópia da pioneira e líder de mercado, Curves

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

Ser o segundo da fila não é necessariamente ruim. Daren Carter, o americano fundador da Contours, rede de academia de ginástica exclusiva para mulheres, com faturamento de 1,8 bilhão de dólares, anda bastante satisfeito com seu negócio – feito à imagem e semelhança da Curves, a primeira do mundo no modelo, fundada em 1994, nos Estados Unidos.

Em visita ao Brasil, que tem 55 das mais de mil unidades que a Contours mantém no mundo, Carter falou com exclusividade à EXAME PME. Explicou os desafios – e também as vantagens – de fundar um negócio, seguindo o modelo do pioneiro e também líder de um setor.

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“Eu olhei o que a Curves fazia, copiei o que estava bom e mudei o que poderia ser melhorado”, diz Carter, que fundou a primeira unidade da Contours em 1998, em Kentucky, nos Estados Unidos, quatro anos depois da concorrente. Aproveitou da pioneira os seguintes conceitos: atendimento exclusivo às mulheres (nas duas academias não entram homens) e um circuito de exercícios para ser feito em apenas 30 minutos, três vezes na semana. “Mas nós investimos em outro tipo de equipamentos e também demos maior liberdade para que os franqueados pudessem adaptar cada unidade ao perfil da clientela”, afirma Carter, ainda principal executivo do grupo.

Para ele, foi exatamente essa possibilidade de mudanças que garantiu o sucesso da rede, especialmente no Brasil – onde a primeira unidade foi inaugurada em 2004, em Fortaleza, no Ceará. Aqui, há exercícios específicos para glúteos e coxas, que não existem no circuito original, por exemplo, já que as americanas estão mais preocupadas com braços e peitos. “São os detalhes que fazem a diferença para a construção de uma marca”, afirma o americano.
Para Carter são essas variações que fazem a diferença entre o benchmarking e a cópia simples. “Imitar para tentar aperfeiçoar faz parte do jogo”, afirma Carter, que considera a Curves uma aliada para seus negócios. "A Curves ajudou a formar um mercado consumidor para este tipo de produto, do mesmo jeito que eu também estou formando”.

No mundo, a Contours atende a 250 mil alunas em 29 países, com 800 franqueados. No Brasil, são 13 mil alunas e um faturamento previsto para 23 milhões de reais neste ano, 53% a mais que o registrado em 2007.

Carter ficará no Brasil até o início da próxima semana. Veio ao país para acompanhar o casamento do franqueador-master da rede por aqui, o cearense Cassiano Ximenes.

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