O céu pode estar na estrada
Nestes últimos anos, em que o caos nos aeroportos aumentou e parece não ter fim, muitos empreendedores têm optado pelo ônibus em viagens de negócios de curta e média distância. "Os ônibus estão melhores, dificilmente atrasam e, dependendo do trecho, a relação custo-benefício pode ser melhor que a do avião", diz José Luiz Paiva […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
Nestes últimos anos, em que o caos nos aeroportos aumentou e parece não ter fim, muitos empreendedores têm optado pelo ônibus em viagens de negócios de curta e média distância. "Os ônibus estão melhores, dificilmente atrasam e, dependendo do trecho, a relação custo-benefício pode ser melhor que a do avião", diz José Luiz Paiva Mota, da Êxodus, consultoria especializada em transportes rodoviários. Em vários casos, as estradas ficaram mais cômodas. Salas vip, conexão sem fio nos carros, lanches e jornais a bordo e venda parcelada de tíquetes pela internet são algumas das melhorias. Segundo Mota, o ônibus costuma ser vantajoso para percursos de até 500 quilômetros se não houver desconto ou tarifas econômicas oferecidas por companhias aéreas de baixo custo. "São casos em que o passageiro pode passar mais tempo no deslocamento e no aeroporto do que voando", afirma. Cansado de tomar chá-de-cadeira no aeroporto e chegar atrasado em seus compromissos na capital paulista, Roberto Alcântara, dono de uma fabricante de material odontológico de Londrina, no Paraná, resolveu experimentar a viagem de ônibus no ano passado. Desde então, virou freguês. O voo entre as duas cidades leva 1 hora e 10 minutos, mas, considerando a fila do check-in, a retirada de bagagem e o deslocamento até o aeroporto, a odisseia se estende para 4 horas - se não houver imprevistos. "De ônibus, levo 6 horas, mas deito e durmo a noite inteira", diz Alcântara. Para ir e voltar num ônibus leito-cama, cuja poltrona reclina totalmente, ele paga 315 reais - cerca de um terço da passagem aérea.
Nestes últimos anos, em que o caos nos aeroportos aumentou e parece não ter fim, muitos empreendedores têm optado pelo ônibus em viagens de negócios de curta e média distância. "Os ônibus estão melhores, dificilmente atrasam e, dependendo do trecho, a relação custo-benefício pode ser melhor que a do avião", diz José Luiz Paiva Mota, da Êxodus, consultoria especializada em transportes rodoviários. Em vários casos, as estradas ficaram mais cômodas. Salas vip, conexão sem fio nos carros, lanches e jornais a bordo e venda parcelada de tíquetes pela internet são algumas das melhorias. Segundo Mota, o ônibus costuma ser vantajoso para percursos de até 500 quilômetros se não houver desconto ou tarifas econômicas oferecidas por companhias aéreas de baixo custo. "São casos em que o passageiro pode passar mais tempo no deslocamento e no aeroporto do que voando", afirma. Cansado de tomar chá-de-cadeira no aeroporto e chegar atrasado em seus compromissos na capital paulista, Roberto Alcântara, dono de uma fabricante de material odontológico de Londrina, no Paraná, resolveu experimentar a viagem de ônibus no ano passado. Desde então, virou freguês. O voo entre as duas cidades leva 1 hora e 10 minutos, mas, considerando a fila do check-in, a retirada de bagagem e o deslocamento até o aeroporto, a odisseia se estende para 4 horas - se não houver imprevistos. "De ônibus, levo 6 horas, mas deito e durmo a noite inteira", diz Alcântara. Para ir e voltar num ônibus leito-cama, cuja poltrona reclina totalmente, ele paga 315 reais - cerca de um terço da passagem aérea.