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Siderúrgica anuncia novo ciclo de investimentos

A meta da Usiminas é incrementar a produção de aço em 25% e livrar-se da importação de coque, insumo cujo preço no mercado internacional segue em alta

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

O novo ciclo de investimentos, previsto por economistas e empresários, começa a se consolidar. Nesta quinta-feira, a Usiminas anunciou a construção de novas linhas de produção ao longo da década. A siderúrgica vai investir 600 milhões de dólares para elevar a fabricação de aço nos próximos três a cinco anos. O anúncio foi feito, no Japão, por Rinaldo Campos Soares, presidente da empresa, onde encontrou-se com acionistas. "Se o PIB [Produto Interno Bruto] brasileiro continuar crescendo entre 3% e 4% ao ano, a demanda por aço poderá crescer o dobro. Temos que estar prontos para atender à essa futura necessidade do mercado", afirma Soares.

Segundo estudo divulgado nesta semana pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), de 26 atividades industriais pesquisadas, oito já esgotaram sua capacidade instalada, como madeira, papel e celulose e máquinas e equipamentos. Outros dez ramos, como metalurgia e têxteis, estão muito próximo de seus limites. No caso da Usiminas, a meta é elevar em 25% a capacidade de produção, de 4,8 milhões de toneladas de aço anuais para 6 milhões. Além disso, a empresa quer tornar-se independente do fornecimento estrangeiro de coque, um insumo fundamental para a fabricação do aço, e ainda aumentar a participação dos itens de maior valor agregado na linha dos produtos vendidos para a indústria automobilística no exterior.

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Os 600 milhões de dólares serão investidos na construção de uma coqueria, duas linhas de lingotamento contínuo, um alto-forno e uma termelétrica. A nova coqueria, ao custo de 200 milhões de dólares, deve assegurar a auto-suficiência na matéria-prima, afirma a empresa. "O coque tem apresentado altas expressivas de preço no mercado internacional", diz o comunicado. "Por isso, é imperioso que a Usiminas seja auto-suficiente." O projeto será apresentado aos acionistas no final deste ano.

A termelétrica, com custo estimado em 60 milhões de dólares, terá capacidade de geração de 60 MW e elevará a capacidade de geração própria de energia da Usiminas para 53%. Já um dos novos equipamentos de lingotamento contínuo, que será instalado na Cosipa, deve tornar as exportações da empresa para a indústria automobilística mais competitivas. O custo aproximado será de 70 milhões de dólares. Para os dois projetos, estima-se o início das obras ainda neste ano, e das operações em 2007.

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