São Paulo – A Cielo apresentou resultados no terceiro trimestre acima das expectativas de mercado, de acordo com relatório de analistas. A companhia, segundo as análises, conseguiu se sair melhor que sua principal concorrente no primeiro período após o fim da exclusividade do mercado de cartões, que começou a vigorar em 1º de julho.

Entre os motivos apontados pelos analistas está a queda relativamente pequena da taxa líquida de desconto (MDR) no período de apenas um ponto base em relação ao segundo trimestre deste ano. A queda foi pequena, em relação ao desafio da competição de mercado, segundo relatório da Raymond James.

A participação de mercado da companhia também evoluiu para 49,6%, sendo que a expectativa dos analistas era de queda com a Redecard passou também a credenciar transações da bandeira Visa, antes exclusiva da Cielo.

“Temos fechadas parcerias com cinco dos sete maiores bancos do país, além de cobrir 98,1% dos municípios brasileiros e termos uma rede confiável”, afirma Rômulo Dias, presidente da Cielo. “Acredito que isso contribuiu para a obtenção de resultados.”

Sobre a queda das tarifas, Dias acredita que acha razoável haver uma redução gradual. “Uma parte dessa renegociação já foi concluída com alguns grandes clientes, mas ainda estamos na fase de negociação com alguns outros parceiros” diz o executivo.

Resultados do 3º trimestre

No terceiro trimestre, o volume financeiro de transações também aumentou 24,1% em relação ao mesmo período de 2009, somando 67,3 bilhões de reais.

De julho a setembro, o Ebitda da empresa de cartões (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) totalizou 760,6 milhões de reais, com margem de 66,9 %. Um ano antes, o Ebitda tinha sido de 628,9 milhões de reais, com margem de 68 %.

O lucro líquido da companhia de 488,1 milhões de reais no terceiro trimestre, alta de 23% sobre um ano antes. Já receita líquida no terceiro trimestre foi de 1,14 bilhão de reais, que se compara aos 924,4 milhões de reais obtidos no mesmo intervalo de 2009.