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Mulheres são 28% dos empreendedores informais

O lado ruim dos negócios informais é bastante conhecido: empregos de baixa qualidade, concorrência desleal com as empresas formais, sonegação de impostos, desamparo do consumidor. A economia informal, no entanto, oferece dados preciosos sobre as demandas mais realistas e imediatas da população. Para entender melhor como funciona esse mercado cinza, o Sebrae (Serviço Brasileiro de […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

O lado ruim dos negócios informais é bastante conhecido: empregos de baixa qualidade, concorrência desleal com as empresas formais, sonegação de impostos, desamparo do consumidor. A economia informal, no entanto, oferece dados preciosos sobre as demandas mais realistas e imediatas da população. Para entender melhor como funciona esse mercado cinza, o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e a Universidade Federal de Pernambuco entrevistaram 4 000 empresários informais.

O levantamento foi concluído em maio e envolveu oito setores (têxteis, móveis, fruticultura, artesanato, turismo, laticínios, couro e construção civil) em oito regiões metropolitanas (São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Belém, Distrito Federal, Porto Alegre e Belo Horizonte). Os índices finais são uma média entre os setores pesquisados. Confira as principais conclusões:

Experiência 71% não tiveram experiências prévias como autônomos ou empregadores.

Sem sócios 81% dos empresários iniciaram o negócio sozinhos.

Renda A renda pessoal média dos empresários informais é de 903 reais. Dos oito setores, os de maior rendimento são laticínios (1 140 reais) e construção civil (1 011 reais). Os setores de menor rendimento são têxteis (673 reais) e fruticultura (643 reais).

Mão-de-obra 44,62% dos empreendimentos emprega apenas um trabalhador. Os que mais geram vagas por empreendimento são têxteis e móveis.

Cariocas - a região metropolitana do Rio mostrou-se a mais empreendedora, com 44% dos entrevistados afirmando ter experiência anterior como empregador ou autônomo. A média das oito capitais foi 27,5%.

Capacitação - 65% acreditam estar totalmente capacitados e não precisar de qualificação e 50% declararam o mesmo sobre seus empregados.

Escolaridade 66% possuem apenas o primeiro grau completo. A maior escolaridade média está no setor de artesanato (41% com segundo grau) e a menor, no de fruticultura (25% com segundo grau).

Tempo - 57% dos entrevistados atua na ocupação corrente há mais de 10 anos. No setor de móveis, o tempo sobe para 18 anos. No de laticínios, cai para oito. O setor de turismo tem maior fatia de empresas com até um ano de existência (18%).

Gênero mulheres são 28% dos empreendedores informais. O índice cai a 1% em construção civil e vai a 84% em têxteis.

Idade A média é de aproximadamente 42 anos. Os setores com empresários mais jovens são turismo (39 anos) e construção civil (40 anos). Já os que apresentam média mais alta são móveis e têxteis (46 anos). A faixa etária dos pesquisados varia de 16 a 59 anos.

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