Fumaça e fogo
Disputa judicial entre importadores de charutos
Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.
Está em curso uma disputa judicial entre duas distribuidoras nacionais de charutos cubanos: a Puro Cigar de Habana, que representa a Habanos -- empresa com monopólio na exportação dos charutos --, e a Cubalse do Brasil. A Puro Cigar, que afirma ser a única a oferecer os autênticos cubanos, entrou na Justiça contra comerciantes não atendidos por ela -- como EXAME relatou na edição passada -- alegando atacar falsificações e contrabandos. Para a concorrente Cubalse, a real intenção da rival é aniquilar a concorrência.
"A Puro Cigar posa de moralizadora do mercado para tentar formar um monopólio", diz o empresário Arnaldo Ramos Júnior, dono da Cubalse. Como não pode se abastecer direto de Cuba, Ramos diz que importa charutos legítimos da Espanha, Inglaterra e Costa Rica. "O acordo da Habanos com a Puro Cigar não impede compras de outros representantes", diz Ivelson Salotto, advogado da Cubalse e de dois varejistas. O advogado da Puro Cigar, Luiz Araripe, argumenta que tal solução fere a Lei de Propriedade Intelectual. "Até agora eles nem provaram direito qual a origem de seus charutos", diz Araripe. A embaixada de Cuba, que poderia esclarecer os fatos, não se manifesta sobre o caso. Alguém aí tem um cachimbo da paz?
Está em curso uma disputa judicial entre duas distribuidoras nacionais de charutos cubanos: a Puro Cigar de Habana, que representa a Habanos -- empresa com monopólio na exportação dos charutos --, e a Cubalse do Brasil. A Puro Cigar, que afirma ser a única a oferecer os autênticos cubanos, entrou na Justiça contra comerciantes não atendidos por ela -- como EXAME relatou na edição passada -- alegando atacar falsificações e contrabandos. Para a concorrente Cubalse, a real intenção da rival é aniquilar a concorrência.
"A Puro Cigar posa de moralizadora do mercado para tentar formar um monopólio", diz o empresário Arnaldo Ramos Júnior, dono da Cubalse. Como não pode se abastecer direto de Cuba, Ramos diz que importa charutos legítimos da Espanha, Inglaterra e Costa Rica. "O acordo da Habanos com a Puro Cigar não impede compras de outros representantes", diz Ivelson Salotto, advogado da Cubalse e de dois varejistas. O advogado da Puro Cigar, Luiz Araripe, argumenta que tal solução fere a Lei de Propriedade Intelectual. "Até agora eles nem provaram direito qual a origem de seus charutos", diz Araripe. A embaixada de Cuba, que poderia esclarecer os fatos, não se manifesta sobre o caso. Alguém aí tem um cachimbo da paz?