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Empresas de energia criam entidade para defender co-geração

Empresas da área de energia se mobilizam para ampliar no estado de São Paulo a utilização da co-geração -a produção simultânea e de forma seqüenciada de duas ou mais formas de energia a partir de um único combustível. O processo mais comum é a produção de eletricidade e energia térmica a partir do gás natural […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Empresas da área de energia se mobilizam para ampliar no estado de São Paulo a utilização da co-geração -a produção simultânea e de forma seqüenciada de duas ou mais formas de energia a partir de um único combustível. O processo mais comum é a produção de eletricidade e energia térmica a partir do gás natural e da biomassa. São Paulo pode se beneficiar do gás e do bagaço de cana-de-açúcar: novas reservas de gás natural foram descobertas recentemente na Bacia de Santos e o estado responde por 60% da produção nacional de cana.

No final de setembro, a co-geração passa a ser defendida oficialmente por uma nova entidade, a Associação Paulista de Co-geração de Energia (Cogen-SP). Entre as empresas representadas nos quadros da organização estão fabricantes de equipamentos para o setor de energia, como Siemens, os prestadores de serviços Comgás, Gás Natural, Gás Brasiliano e Dalkia, do grupo Accor, além de empresas voltadas ao setor de geração, como Tractebel. A cadeira de presidente da nova entidade será ocupada por Roger Ottenheym, diretor de suprimentos e projetos de energia da Comgás.

Atualmente, cerca de 1,5 milhão de metros cúbicos de gás natural são utilizados diariamente pela co-geração em São Paulo. A meta da entidade é, entre 3 e 5 anos, ampliar essa parcela para 5 milhões de metros cúbicos. A arrancada seria viabilizada em duas frentes. Primeiro, com ampliação do número de projetos de co-geração, dos atuais 15 para 60, a partir da criação de novas fontes de abastecimento para as indústrias. Segundo, com a expansão da rede física de distribuição de gás. Na época da privatização, a rede para o transporte do gás tinha 1 500 quilômetros de canos no estado de São Paulo. A rede conta atualmente com 4 000 metros de extensão e já atende a Baixada Santista, o Vale do Paraíba e a região de Campinas. Entre 5 e 10 anos, qualquer lugar em São Paulo terá acesso à rede de gás natural , diz Roger Ottenheym.

A proposta da Cogen-SP é criar uma nova cultura de aproveitamento de fontes alternativas e oferecer recursos complementares, que possam formar um mix com a energia hidráulica. A hidroeletricidade responde por 95% do abastecimento do Brasil. Na avaliação da associação, o potencial hidráulico a ser explorado ainda é muito grande, mas sua viabilização está cada vez condicionada às soluções das questões de ordem regulatória, econômicas e, principalmente, relacionadas com as questões socio-ambientais. Isso acontece porque os recursos naturais disponíveis estão localizados em regiões distantes dos centros de consumo, o que exige pesados investimentos em transmissão de energia. Está no fim a monocultura hidrelétrica , diz Carlos Roberto Silvestrim, futuro vice-presidente-executivo da Cogen e diretor-executivo da Agência de Desenvolvimento Tietê Paraná.

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