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Embraer pede mais financiamento para exportação ao BNDES

A Embraer voltou a pedir financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mesmo depois de a instituição financeira ter sugerido à companhia que procure outras fontes de recursos para garantir suas exportações. De acordo com informações da agência de notícias Reuters, o banco concluiu a liberação de um financiamento 503,8 milhões […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

A Embraer voltou a pedir financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mesmo depois de a instituição financeira ter sugerido à companhia que procure outras fontes de recursos para garantir suas exportações. De acordo com informações da agência de notícias Reuters, o banco concluiu a liberação de um financiamento 503,8 milhões de dólares para a Embraer referente a contratos fechados no ano passado.

Os empréstimos liberados pelo BNDES para financiar a exportação da indústria aeronáutica registraram forte queda no início deste ano e contribuíram para a retração dos financiamentos totais do banco. O BNDES liberou 8,8 bilhões de reais de janeiro a maio de 2003. Esse montante representa uma queda de 15,6% em relação a igual período do ano passado.

Os aviões aparecem com destaque na lista dos 10 produtos que geram as maiores receitas com as exportações. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, os embarques de aeronaves no primeiro semestre renderam 925 milhões de dólares. O resultado, no entanto, representa uma queda de 8,5% em relação a igual período do ano passado.

A Embraer procura apoio financeiro para dois grandes contratos fechados nos últimos meses com as companhias aéreas americanas US Airways (85 jatos) e JetBlue (100). No caso da US Airways, a companhia já enviou carta consulta para o BNDES. A GE Capital irá financiar 30 aeronaves em cada um dos contratos - que, juntos, somam 5,1 bilhões de dólares.

De acordo com o vice-presidente da companhia para o mercado de aviação civil, Frederico Curado,os financiamentos para o setor aéreo no mundo diminuiram 80% desde 2001. "Dizer que o BNDES não é necessário não existe para uma empresa como a Embraer. Sempre vamos pleitear apoio do BNDES", diz ele. O executivo afirmou ainda que se o banco recusar o pedido, a empresa irá buscar oportunidades no mercado. Mas se não tiver sucesso, as exportações ficarão prejudicadas.

De acordo com Curado, "existem oportunidades que se tiverem financiamento nós fechamos". Seriam três acordos totalizando 1,5 bilhão de dólares, de outras 24 aeronaves para a US Airways, de 15 aviões para a Republic Airways e de mais 75 para a ExpressJet.

Com reportagem de Mario Grangeia.

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