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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
A Embraer decidiu suspender as entregas de jatos 170 à US Airways enquanto mantém negociações com a companhia aérea americana, pela segunda vez em concordata, apesar da ajuda do governo dos Estados Unidos.
A direção da fabricante brasileira de aviões também determinou o fim das horas extras em suas plantas de produção e enviou a seus funcionários uma carta assinada por seu presidente, Maurício Botelho, reconhecendo que a empresa pode encarar "dificuldades" por conta do colapso financeiro da cliente (leia reportagem da revista EXAME sobre as boas notícias quanto à Neiva, a subsidiária da Embraer que fabrica aviões agrícolas).
A US encomendou 85 unidades do Embraer 170 de 70 assentos e, pelo cronograma original, 14 aeronaves ainda deveriam ser entregues até o final de 2004, além das 22 já entregues. Para o próximo ano a previsão era de fornecer outros 30.
De acordo com os documentos protocolados no início da semana pela companhia americana ao solicitar concordata, o valor total das encomendas futuras de frota feitas junto à Embraer é de 1,47 bilhão de dólares. No caso da canadense Bombardier, também atingida, o valor dos pedidos soma 948 milhões.