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No centro do escritório da subsidiária brasileira da Roland Berger, a maior empresa de consultoria em alta gestão da Europa, a movimentação é intensa. Há um freqüente vai-e-vem de homens engravatados e de mulheres de tailleurs. O núcleo da companhia é uma espécie de depósito do conhecimento acumulado ao longo dos anos pelos 1 300 […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

No centro do escritório da subsidiária brasileira da Roland Berger, a maior empresa de consultoria em alta gestão da Europa, a movimentação é intensa. Há um freqüente vai-e-vem de homens engravatados e de mulheres de tailleurs. O núcleo da companhia é uma espécie de depósito do conhecimento acumulado ao longo dos anos pelos 1 300 funcionários da Roland Berger espalhados pelo mundo. De um lado, há uma biblioteca, com livros de negócios, projetos já concretizados e revistas. Quatro monitores de computador dão acesso livre à internet e às informações sobre as atividades da consultoria. Em volta desse núcleo estão as chamadas "células de trabalho" -- escritórios de vidro ligados entre si por portas que podem ser usados por qualquer um dos 80 consultores da Roland Berger no Brasil. São espaços sem dono, conectados ao mundo por meio de uma sofisticada rede de comunicação.

Comunicação é, aliás, um dos alicerces de um negócio como o da Roland Berger. A informação e o conhecimento precisam, necessariamente, fluir. Esse fluxo é a base do projeto do escritório ocupado pela Roland Berger na avenida Juscelino Kubitschek, na zona sul de São Paulo. Fruto de um estudo que levou mais de um ano para ser concluído, o novo espaço foi inaugurado em setembro de 2000. "Eliminamos as barreiras de comunicação e criamos um ambiente de trabalho coeso, onde as pessoas são estimuladas a interagir e a trocar idéias livremente em qualquer parte do escritório", diz o alemão Ingo Weiland, sócio da consultoria e coordenador do projeto do novo escritório.

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Os espaços ocupados por Weiland e pelo outro sócio, o holandês Wim van Acker, são exatamente iguais aos dos demais consultores. Neles não existe nenhum objeto pessoal, como fotos de família, quadros e livros. Como diretores, eles possuem apenas o privilégio de usar as salas mais próximas das secretárias. Quando não estão no escritório, qualquer outro consultor pode ocupá-las. As células de trabalho obedecem ao mesmo princípio de integração defendido pela empresa. Com mais ou menos o mesmo tamanho, formato e disposição, são ocupadas de acordo com as necessidades de cada consultor. Para garantir uma atmosfera aberta e transparente, todas as salas de trabalho têm portas internas e paredes de vidro, que permitem o contato visual entre os consultores. (Sempre que houver necessidade de alguma privacidade, as persianas instaladas junto das paredes de vidro podem ser fechadas.)

A integração pode ser conseguida tanto nos ambientes formais quanto nos informais. No business café -- nome pomposo com o qual uma generosa cozinha foi batizada --, os consultores trocam idéias enquanto tomam café, esquentam pipoca no microondas ou comem um salgadinho. "Não é algo que possamos mensurar", diz Weiland. "Mas, com as mudanças, pudemos notar um grande ganho de produtividade em nosso trabalho."

Roland Berger

ATUAÇÃO:
consultoria empresarial

FUNCIONARIOS: 80

CONCEITO: fluxo de comunicação

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