São Paulo - O consórcio SPMar, formado por empresas do grupo Bertin, apresentou as menores tarifas de pedágio para os trechos sul e leste do Rodoanel, vencendo a licitação para executar as obras estimadas em 5 bilhões de reais.

Os envelopes com as propostas foram abertos nesta quinta-feira, segundo informações disponíveis no site da Artesp, agência reguladora de transportes de São Paulo.

Conforme a Artesp, o consórcio SPMar --que inclui Contern e Cibe, da Bertin-- apresentou pedágio de 2,1991 reais para o trecho sul do e de 1,6493 real para o leste do Rodoanel, o que representa um deságio de 63,35 por cento sobre o valor teto estipulado pelo governo.

As outras duas propostas, apresentadas pelos consórcios Serramar de Rodovias e Rodoanel Sul e Leste, o último com Odebrecht e Queiroz Galvão entre os sócios, implicavam em deságio de 12 e de 5,11 por cento, respectivamente.

Vencia a disputa aquele que oferecesse menor pedágio.

De acordo com a Artesp, o consórcio SPMar ainda precisa ser qualificado e confirmado vencedor da licitação. Se isso ocorrer, será responsável pela construção do trecho leste, um investimento de 4 bilhões de reais e que deverá ser entregue em 36 meses. No trecho sul, a previsão é de aporte de 1 bilhão de reais.

A concessão terá prazo de 35 anos e após esse período os trechos voltam para administração pública com todos os investimentos realizados. A outorga da concessão no valor de 370 milhões de reais deverá ser paga dois dias antes da assinatura do contrato, segundo a Artesp.

O trecho sul do Rodoanel tem 61,4 quilômetros de extensão e o trecho leste terá 43,5 quilômetros.

O Rodoanel é uma obra para reduzir o tráfego principalmente de caminhões na região metropolitana de São Paulo. Com 170 quilômetros, ele interliga 10 rodovias que chegam à capital do Estado, entre elas Dutra, Fernão Dias, Castello Branco e Ayrton Senna.

A CCR administra o trecho oeste do Rodoanel, o primeiro a ter sido licitado, desde 2008.