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Antilhas inaugura nova fábrica e projeta vendas 25% maiores

São Paulo, 27 de agosto (Portal EXAME) A indústria de embalagens Antilhas tem esse nome por uma curiosa razão: ter sido criada há 14 anos, na Rua das Antilhas, em Barueri (SP). Nesta quinta-feira (28/8), a nova sede da empresa é inaugurada em Santana de Parnaíba, na região metropolitana de São Paulo. A área fica […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

São Paulo, 27 de agosto (Portal EXAME) A indústria de embalagens Antilhas tem esse nome por uma curiosa razão: ter sido criada há 14 anos, na Rua das Antilhas, em Barueri (SP). Nesta quinta-feira (28/8), a nova sede da empresa é inaugurada em Santana de Parnaíba, na região metropolitana de São Paulo. A área fica em um novo distrito industrial, com vias de acesso em fase de construção, e tem agora a rua Antilhas, em homenagem à empresa.

A inauguração da nova fábrica da Antilhas é uma das poucas de 2003, um ano marcado pelo combate à inflação e pela queda do consumo no mercado interno. Para concluir o projeto, a empresa precisou remar contra a maré de uma seqüência de crises. Foram investidos 22 milhões de reais na nova unidade (e outros 4 milhões de dólares em equipamentos de última geração). Cerca de 3 milhões de dólares vieram do Inter-american Investiment Corporation (IIC), um fundo de investimentos, pouco antes da disparada da moeda americana. Outros 7 milhões de reais do Banco de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) demoraram a sair no tumultuado período pré-eleitoral. Nos 10 meses que duraram a obra, a inflação atropelou os custos. O alumínio, das estruturas, subiu 50%. O cimento, 40%. Os contratos com fornecedores tiveram que ser renegociados. A empresa acabou colocando 5 milhões de reais de recursos próprios para concluir as instalações. Temos hoje a indústria gráfica mais moderna da América Latina , diz Maurício Groke, diretor Comercial.

A nova unidade, com 22 mil metros quadrados, reúne em um único local as linhas de produção antes distribuídas em cinco prédios, com 16 mil metros quadrados. A mudança resolve um problema operacional: em permanente crescimento, mesmo nos momentos mais complicados para a economia, a Antilhas chegava ao segundo semestre (época de encomendas para o Natal) trabalhando no limite da capacidade. A distância entre os diferentes prédios também fragmentava a equipe e exigia mais das operações da logística fundamentais para a empresa. A Antilhas trabalha com o sistema de just-in-time: faz o estoque dos clientes em sua unidade e entrega os pedidos de acordo com a demanda. A empresa atende 12 mil pontos de vendas no Brasil. Com a mudança, a área de estoque para os produtos finais aumenta em 40%.

Crescimento

Desde 2000, as vendas da Antilha crescem em média 20% ao ano. A expectativa para 2003 é atingir 25%, em parte com a alta dos pedidos, mas também com o aumento da participação de mercado e das exportações, seja com produtos próprios ou embalando produtos exportados de outras empresas. Como nossa linha é extremamente diversificada, podemos ganhar em um segmento, quando outro está em retração , diz Groke. No primeiro semestre, por exemplo, a retração em alguns setores no mercado interno foi compensada em parte pelo aumento da demanda de embalagens para papel cortado (o cut size, próprio para escritórios), exportado pelas grandes companhias de papel e celulose.

A Antilhas também voltou a exportar embalagens de alimentos para a Argentina e retomou as negociações no mercado americano, suspensas após os atentados de 11 de setembro. No mercado interno, amplia fatias de mercado aproveitando a posição de líder no fornecimento de embalagens para as redes de varejo, nas áreas de vestuário, de cosméticos e de perfumaria. Atende Victor Hugo, Daslu, Ellus, Lê Piostiche e Avon, entre outras. É responsável por toda a linha de O Boticário. Em setembro, inovou a linha de embalagens da Natura: passou a produzir as sacolas das revendedoras com o papel Reciclato, o 100% reciclado da Suzano, já utilizado no mercado pelo setor editorial, mas ainda desconhecido no segmento de embalagens. A mudança representou um aumento de preço da ordem de 50%, mas a demanda surpreendeu. No primeiro mês, os pedidos dobraram. A Antilhas também detém 60% do mercado de embalagens (envoltório) de papel cortador. É o principal fornecedor dos fabricantes de papel e celulose Ripasa e Suzano.

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